Produtores de etanol pedem Cide de R$ 0,50 sobre gasolina para aumentar competitividade do biocombustível

Produtores de etanol pedem Cide de R$ 0,50 sobre gasolina para aumentar competitividade do biocombustível

Essa newsletter é enviada primeiro
aos assinantes, por e-mail.
Assine gratuitamente

COMECE SEU DIA

Energia em Foco: Bento Albuquerque,
Roberto Castello Branco e Wilson Ferreira Jr.
Inscreva-se:  https://bit.ly/EnergiaEmFoco

Quem faz
Felipe Maciel, Guilherme Serodio e Larissa Fafá
Editada por Gustavo Gaudarde
[email protected]

em jogo

O setor de etanol formalizou o pedido de elevação da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) cobrada sobre a gasolina A, dos atuais R$ 0,10 por litro, para R$ 0,50 por litro.

— É uma medida para reduzir a perda de competitividade do etanol hidratado, que concorre com a gasolina nos postos – em regra, o etanol é competitivo até o limite de 70% do preço da gasolina.

— Cartas enviadas aos Ministérios da Agricultura e de Minas e Energia (MME), assinadas por União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana) e Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado São Paulo (Fequimfar). Valor

— Relatório (.pdf) de preços mais recente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) destaca que, na semana encerrada em 11 de abril, os preços do etanol hidratado ficaram abaixo do limite de 70% pela primeira vez desde janeiro.

— O biocombustível acumula uma queda de preços de 11,96% em quatro semanas, custando R$ 2,864 na média nacional. No mesmo período, a gasolina C recuou 8,11%, para R$ 4,149.

— O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, criticou a medida, sem citar diretamente o setor de etanol.

— “Não é hora de extrair lucros extraordinários às custas do consumidor. Nem tampouco é hora de fazer lobby no governo para pedir impostos para se defender da competição”, afirmou durante webinar promovido pela FGV Energia. Folha

— O reclame também foi direcionado ao setor de GLP residencial. Afirmou que a Petrobras faz um “esforço extraordinário” para importar cargas de GLP e garantir o abastecimento do mercado e que os picos de preço registrados não decorrentes da falta de repasse ao longo da cadeia. Em abril, a companhia importou 350 mil toneladas do combustível, segundo o executivo.

— O setor varejista de GLP vem reclamando de falta de medidas mais efetivas para facilitar o abastecimento – temendo pela escassez, consumidores começaram a estocar o produto levando a problemas na distribuição em diversos estados. De acordo com o governo e a ANP, são questões pontuais.

Os estoques de petróleo nos EUA cresceram 19 milhões de barris na semana passada, mesmo com refinarias operando a 69% da capacidade – menor patamar desde a crise de 2008 –, levando a uma nova queda súbita nos preços do petróleo.

— Futuros do Brent caíram para US$ 27,69 (-6,45%) em Londres e sobem nesta quinta (16), cotados a US$ 28,70 (+3.65%). O WTI recuou para US$ 19.87 (-1.19%) e é negociado a US$ 20,21 (1,71%), em NY.

— Castello Branco também afirmou que não acredita na capacidade do acordo para controle de produção de petróleo, capitaneado por Rússia e OPEP, em restringir o impacto da queda do preço da commodity no mercado mundial. epbr

A Petrobras começou a hibernação de 62 plataformas em campos de águas rasas das bacias de Campos, Sergipe, Potiguar (Rio Grande do Norte) e Ceará, que produzem 23 mil barris de petróleo por dia e fazem parte do plano de redução da produção, anunciado em março.

— Em março, a companhia anunciou que vai reduzir sua produção em 200 mil barris/dia, em resposta à crise que derruba a demanda por petróleo.

— Mas garantiu que a desativação das unidades não representará demissões. “Todos serão realocados para outras unidades organizacionais da Petrobras. Caso haja interesse, outra opção é a adesão ao plano de desligamento voluntário (PDV), conforme prevê o plano de pessoal para gestão de portfólio”, informou a empresa, em nota. epbr

A Energy Platform (EnP), criada pelo ex secretário-executivo do MME, Márcio Félix, nominou áreas nas bacias do Espírito Santo e Parnaíba na oferta permanente de áreas da ANP.

— A estratégia é aproveitar a potencialidade de microrregiões para formação de ecossistemas energéticos, com projetos de produção de petróleo e gás onshore, geração termelétrica, biogás e biometano e energias renováveis. epbr

A ANP autorizou a Alvopetro a operar a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) de Caboré, em Mata de São João, Bahia. Pela primeira vez, uma unidade do tipo não será operada e controlada pela Petrobras.

— Terá capacidade para processar 500 mil m³/dia de gás natural dos campos de Cardeal do Nordeste, Caburé, Caburé Leste e Cardeal do Nordeste Leste. Produção será entregue à Bahiagas, distribuidora do estado.

Por e-mail, você recebe também recebe diariamente a agenda das autoridades

[sc name=”newsletter”]