Abril pode ser o mês de menor demanda mundial por petróleo, com queda de 29 milhões de barris/dia

Justiça do Rio manda prender acusados de furtar gasolina da Transpetro. Na imagem: Conjunto de tubulações metálicas, em primeiro plano, e embarcação de grande porte, ao fundo, em terminal marítimo Madre de Deus, da Transpetro (Foto: Divulgação)
Terminal Madre de Deus, da Transpetro (Foto: Divulgação)

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Felipe Maciel, Guilherme Serodio e Larissa Fafá
Editada por Gustavo Gaudarde
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A Agência Internacional de Energia (IEA) ampliou as perceptivas de queda na demanda mundial de petróleo, para 29 milhões de barris por dia em abril – patamar inédito em 25 anos –, frente a perspectiva anterior que a redução seria da ordem de 20 milhões de barris por dia, por conta da pandemia de covid-19.

— A previsão reforçou a visão que os acordos para controle de produção anunciados por países exportadores e a OPEP não serão suficientes para conter a sobreoferta de óleo. Os preços do Brent no mercado futuro recuaram 6,74% na terça (14), para US$ 29,60, e chegaram a mínima de US$ 27,96 nesta quarta (15), até o momento.

— No mercado americano, o WTI recuou para US$ 20,11 (-10.26%) ontem e bateu a mínima de US$ 19,20 nas negociações de hoje.

— A IEA estima que a demanda no ano será 9,3 milhões de barris por dia menor. A previsão é que a abril seja o mês de menor consumo da commodity. “Não há um acordo viável que possa cortar oferta o suficiente para compensar tais perdas de demanda no curto prazo. No entanto, o acordo da semana passada é um sólido início”. Reuters

— O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que a economia global vai retrair 3% em 2020. Em janeiro, a previsão era de um crescimento de 3,3% no ano.

Há 126 casos confirmados de covid-19 em empresas de exploração e produção, sendo 74 profissionais que atuam em plataformas marítimas de exploração e produção, segundo levantamento da ANP, enviado à Reuters. Outros 897 casos estão sendo investigados.

A Petrobras reduz nesta quarta (15) os preços da gasolina (-8%) e do diesel (-6%), na média nacional dos valores cobrados nas refinarias. Com isso, a gasolina da companhia acumula uma redução de 48% no ano e o diesel, de 35%. Folha

— As vendas de etanol de usinas do Centro-Sul, tanto no mercado interno como para o exterior, caíram 12,9% em março, na comparação anual, para 2,3 bilhões de litros, conforme a União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica). Foi o menor volume mensal em 23 meses. Valor

O BNDES tenta formar um sindicato de bancos comerciais para criar opções de créditos para o socorro de grandes empresas. Os setores contemplados, em princípio, serão os de companhias aéreas, elétricas, indústria automotiva e grandes varejistas não alimentícias, informa o Valor.

— Estão em estudo operações combinadas de emissão de debêntures conversíveis em ações, alongamento de dívidas e novos empréstimos. Conversas envolvem Itaú Unibanco, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e investidores institucionais.

Movimentos em paralelo para socorro ao segmento de distribuição, o primeiro afetado pela queda na demanda por energia e aumento do risco de inadimplência no setor elétrico.

— O Ministério de Minas e Energia (MME) concluiu a primeira versão da Conta-COVID, em decreto que regulamenta a MP 950 e prevê a cobertura dos prejuízos com empréstimos administrados pela CCEE e pela Aneel, nos moldes da Conta-ACR, de 2014.

— Essa solução, contudo, implicaria no repasse das despesas financeiras para a tarifa de energia, o que setores do governo e da agência tentam evitar – a Aneel ainda analisa os impactos tarifários da medida. Informações publicadas na quarta (14) para os leitores do político epbr.

— Na reunião de ontem (14), o diretor Efrain da Cruz externou a sua insatisfação com soluções que elevem o custo da energia: “no setor elétrico, o que temos que combater é a ideia de que tudo tem que recair no colo do consumidor”.

— Ele cita a possibilidade de socorrer as distribuidoras com transferências de outras fontes; afirma que no bolo de recursos destinados aos programas de pesquisa e desenvolvimento (P&D), eficiência energética e apoio à fiscalização há R$ 5 bilhões “represados” que poderiam ser utilizados imediatamente e outros R$ 18 bilhões nos anos seguintes. Valor

— A transferência de recursos de outras fontes encontrará apoio no Congresso Nacional. Diversas emendas foram propostas à MP 950 para excluir a possibilidade de formação da Conta-COVID com impacto nas tarifas e transferência de recursos de outras fontes.

Governo faz nova proposta de R$ 77 bilhões para evitar aprovação da versão do PLP 149, aprovado na Câmara dos Deputados, na segunda (13) – texto que, originalmente, era chamado de Plano Mansueto e previa contrapartidas para empréstimos aos estados, incluindo a abertura do mercado de gás.

— Segundo o Estadão, Ministério da Economia está disposto a ofertar um pacote que inclui repasses livres para compensar perdas de arrecadação – R$ 19 bilhões para os estados e R$ 21 bilhões para os municípios. Além disso, suspenderia dívidas com a União (R$ 23 bilhões) e bancos públicos (R$ 15 bilhões).

— Objetivo é evitar a ampliação da capacidade de endividamento dos estados, sem contrapartidas de austeridade fiscal, objetivo do Plano Mansueto original, pré-crise.

— O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, afirmou nesta terça (14) confiar que o Congresso Nacional chegará a um “meio termo” e a preservação da essência do PLP 149 original para uma aprovação futura.

— “O bom debate político é o tamanho dessa conta. Eu acho que existe o meio termo entre o que o governo federal deseja e o que a Câmara aprovou“. Mansueto participou de transmissão promovida pelo Jota.

Inscrições abertas para o webinar promovido pela FGV Energia e pela agência epbr com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e os presidentes da Petrobras, Roberto Castello Branco, e da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr.

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