Total Eren levanta R$ 280 milhões para usina solar em São Paulo

Usina solar da SunPower Total, Prieska
Usina solar da SunPower Total, Prieska

A Total Eren anunciou nesta terça (10) que levantou R$ 280 milhões em debentures de infraestrutura adquiridas pela Kinea Investimentos para a usina solar fotovoltaica de Dracena, em São Paulo. O investimento total no projeto é de R$ 350 milhões. 

O complexo solar está em operação desde agosto de 2019. A Total Eren comprou as usinas da Cobra do Brasil em agosto de 2018. O complexo é formado por três usinas, cada uma com 30 MW de capacidade instalada.

Recentemente, a Total Eren iniciou a construção das fazendas eólicas Terra Santa (92,3 MW) e Maral (67,5 MW), no Rio Grande do Norte. Ambos os projetos possuem PPAs corporativos de 20 anos e devem entrar em operação comercial no quatro trimestre de 2020.

“O Brasil oferece oportunidades bastante promissoras tanto em termos de recursos de energia solar quanto eólica e temos a convicção de que essa diversificação será essencial para o nosso crescimento constante no país. A nossa entrada na energia eólica, combinada com o financiamento de longo prazo bem-sucedido de Dracena, reforça a nossa posição no Brasil”, afirmou Pierre-Emmanuel Moussafir, diretor-geral da Total Eren Brasil. 

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Petroleiras apostam em renováveis

Este é não é o primeiro investimento de petroleiras estrangeiras em energia solar no Brasil. A Equinor está produzindo a partir da usina de energia solar Apodi, de 162 MW, no município de Quixeré, no Ceará. O projeto fornece energia para cerca de 160 mil residências. 

A Lightsource BP, braço da petroleira BP para o desenvolvimentos de projetos solares no país,  fechou em meados do ano passado a aquisição da Enerlife, empresa desenvolvedora de projetos na América Latina. A empresa possui 1,9 GW de projetos solares em desenvolvimento, incluindo 440 MW de projetos de grande escala aptos a participar em leilão e 180 MW de projetos de geração distribuída, localizados em cinco estados brasileiros.

E por que investir em renováveis?

A decisão de as petroleiras partirem para energias renováveis e se tornarem empresas de energia não é em vão. O Banco Mundial, por exemplo, anunciou que vai deixar de financiar a exploração e extração de petróleo e gás a partir de 2019, ao mesmo tempo que aumentará empréstimos a projetos que ajudem a reduzir o aquecimento global.

Em novembro do ano passado, o conselho do Banco Europeu de Investimento (BEI) anunciou uma nova política de empréstimo para o setor de energia e vai parar de financiar projetos de combustíveis fósseis a partir de 2021. O foco dos novos financiamentos em energia será acelerar a inovação para geração de energia limpa, eficiência energética e renováveis. O banco vai liberar € 1 trilhão para financiamento em ações climáticas e investimentos ambientais sustentáveis ​​na década até 2030

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