Cosan vai investir em geração termoelétrica a gás natural

Trabalhadores em planta de gasodutos da Comgás (Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação Comgás)

A Cosan anunciou nesta segunda (9) que vai investir em projetos de geração termoelétrica a gás natural, com parceiros estratégicos. A estratégia faz parte do lançamento da empresa Compass Gás e Energia, que vai concentrar seus ativos de distribuição, gás natural liquefeito (GNL) e comercialização de gás e energia. 

A estratégia começou a ser desenhada em dezembro do ano passado, com a compra da Compass Comercializadora, por US$ 95 milhões. A empresa foi criada em 2009 para atuar na venda de energia no mercado livre, mas também está autorizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) a entrar na comercialização de gás. 

A Compass terá em sua carteira a Comgás, maior distribuidora regional do país, que atua em São Paulo, com 2 milhões de clientes, consumidores de 12 milhões de m³/dia de gás natural. 

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Na área de infraestrutura, a nova empresa será responsável pelo Rota 4, de escoamento de gás do pré-sal da Bacia de Santos, atualmente em licenciamento. No projeto atual, a nova rota prevê um gasoduto com 313 km de extensão, ligando o polo de produção até a Ilha da Madeira, no Porto de Itaguaí, no Rio de Janeiro.

“O setor energético do país vive uma profunda transformação, tornando-se cada vez mais diversificado e complexo. Neste cenário, a participação do gás na matriz energética brasileira deve crescer significativamente”, afirma Nelson Gomes, presidente da Comgás, e que passa a acumular a posição de presidente da Compass Gás e Energia.

Ficará no guarda-chuva da Compass o projeto do terminal de GNL, em desenvolvimento, para Santos. Prevê um FSRU (terminal flutuante de regaseificação) na Lagoa Caneú, com capacidade para 14 milhões de m³/dia. 

O terminal é pensado para integrar a malha de gasodutos, atendendo à área de concessão da Comgás, a partir da expansão da infraestrutura em Cubatão (SP). Todo o projeto demanda investimentos US$ 120 milhões, de acordo com dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), e 36 meses para ser concluído. 

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