O Ibama prorrogou para 31 de julho do próximo ano o prazo para a campanha de aquisição de dados sísmicos 4D da Petrobras no campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos. A campanha tinha prazo terminando em meados deste ano e é a terceira licença para 4D emitida pelo órgão ambiental em 2017.
O campo de Lula é hoje o maior produtor de petróleo e gás do país com a produção de 675 mil barris por dia de petróleo e 28,5 milhões de m3/dia de gás natural, de acordo com dados da ANP. Lula foi a primeira grande reserva do pré-sal da Bacia de Santos a ser desenvolvida pela Petrobras.
A tecnologia da sísmica 4D está sendo utilizada para o monitoramento sísmico contínuo dos reservatórios de petróleo. Um projeto pioneiro de monitoramento permanente com 4D é desenvolvido pela Petrobras no campo de Jubarte, no Parque das Baleias, área da Bacia de Campos com reservatórios tanto no pós-sal como no pré-sal na costa do Espírito Santo. Foi em Jubarte onde o pré-sal teve sua primeira produção comercial.
No dia 30 de agosto, o Ibama liberou uma campanha 4D no campo de Ostra, operado pela Shell no Parque das Conchas, na Bacia de Campos. A área está em produção a partir do FPSO Espírito Santo, que no mês de agosto, também de acordo com dados da ANP, produziu 39 mil barris por dia de petróleo.
A Petrobras ainda licencia uma campanha 4D para ser implantada nos campos de Roncador e Albacora, na parte leste da Bacia de Campos, utilizando a tecnologia streamer Narrow Azimuth, com o objetivo de adquirir dados sísmicos proprietários a partir de fevereiro de 2018.
A Petrobras já utiliza a tecnologia no campo de Marlim desde 2005 e, também, em outras áreas da Bacia de Campos – como Roncador, Albacora Leste, Barracuda e Caratinga.