Equinor contrata com a Modec a maior plataforma para produção de petróleo e gás do Brasil

FPSO P-76, operado pela Petrobras, iniciou produção no campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, em fevereiro de 2019 (Foto: Agência Petrobras)
O FPSO P-76 começou a produção em meados de fevereiro (Foto: Agência Petrobras)

A Equinor oficializou nesta quinta (30) a contratação da Modec para fornecer o navio-plataforma, do tipo FPSO, que será utilizado para a produção de petróleo e gás no campo de Bacalhau, antiga área de Carcará, no pré-sal da Bacia de Santos. A empresa havia sido contratada para o Pré-Feed (Pre-Front End Engineering Design, sigla em inglês), em dezembro de 2018 e agora ficou com a obra. 

A Modec será responsável pelo projeto e construção do FPSO, incluindo contratação dos módulos do topside, bem como sistemas marítimos e de casco. A primeira produção de petróleo está planejada no período entre 2023-2024.

A plataforma será o maior FPSO já entregue no Brasil e terá capacidade para produzir até 220 mil  barris de petróleo por dia e 15 milhões de m³/dia de gás natural.

A Equinor anunciou também que contratou com o consórcio Subsea Integration Alliance, formado por Subsea7 e OneSubsea, o pacote de SURF (Subsea, Umbilical, Risers and Flowlines), equipamentos que são instalados no leito marinho.

“Bacalhau é um ativo de classe mundial no pré-sal brasileiro. O Brasil é uma área central de crescimento para a Equinor e a empresa tem a ambição de produzir de 300 a 500 mil barris por dia no Brasil até 2030. Bacalhau será um importante colaborador para alcançar esse objetivo ”, diz Margareth Øvrum, vice-presidente executiva de Desenvolvimento e Produção da Equinor Brasil.

Uma segunda plataforma, que pode representar um segunda fase de desenvolvimento de Carcará, ainda está em estudo pelo consórcio liderado pela Equinor.

Johan Sverdrup brasileiro

Bacalhau é o maior projeto da Equinor fora da Noruega e é considerado por alguns executivos da empresa o Sverdrup fora da Noruega, um grande campo no Mar do Norte que a Equinor está atualmente desenvolvendo. 

Johan Sverdrup é um dos cinco maiores campos de  da Noruega. A Equinor estima que algo entre 2 e 3 bilhões de barris de sejam recuperáveis na área. Os números estão em linha com as estimativas da petroleira para a área de Bacalhau, onde são estimados 2 bilhões de barris recuperáveis.

A Equinor acredita que Johan Sverdrup será um dos principais projetos industriais da Noruega nos próximos 50 anos, gerando receitas para o estado e emprego e renda. A fase 1 do projeto, com 70% dos contratos fechados com fornecedores noruegueses, tem mais de 14 mil pessoas contribuindo em todo mundo.

Descoberta feita pela Petrobras

A descoberta de Carcará foi feita pela Petrobras em 2012. A Equinor comprou a participação da estatal brasileira em julho de 2016 e ingressou no projeto. .A partir daí promoveu mudanças societárias até chegar ao consócio final no segundo leilão do pré-sal que ofertou a área unitizável de Norte de Carcará. Logo após arrematar a área, o consórcio formado entre Equinor, ExxonMobil e Petrogal informou a reorganização do projeto.

A Equinor que adquiriu a participação de 66% da Petrobras no BM-S-8 por US$ 2,5 bilhões, vendeu para a ExxonMobil metade dessa parcela por US$ 1,3 bilhão. Além disso, acertou a venda de 3,5% e 3%, respectivamente, da parcela de 10% que comprou da Enauta na área para a ExxonMobil e Petrogal, operação que movimentou mais US$ 250 milhões.

A Equinor, que é operadora com 40% de participação, tem como sócias no projeto de Bacalhau a ExxonMobil (40%) e Petrogal Brasil (20%

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