Os novos critérios de financiamento anunciados pelo Banco Europeu de Investimentos dificultam muito os empréstimos para projetos de gás natural. A avaliação é do diretor de Pesquisa da Wood Mackenzie, Nicholas Browne, que destaca que o gás natural libera menos CO2, nitrogênio e enxofre do que o carvão e o petróleo quando queimado.
O conselho do Banco Europeu de Investimento (BEI) anunciou uma nova política de empréstimo para o setor de energia e vai parar de financiar projetos de combustíveis fósseis a partir de 2021. O foco dos novos financiamentos em energia será acelerar a inovação para geração de energia limpa, eficiência energética e renováveis. O banco vai liberar € 1 trilhão para financiamento em ações climáticas e investimentos ambientais sustentáveis na década até 2030
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Também entraria na conta a forte substituição do carvão por gás, que teve um impacto profundo na qualidade do ar no Norte da China, gerando benefício da saúde pública e menos emissões no ciclo de vida completo dos projetos.
Browne alerta que não existe um método consistente de avaliar os dados para saber quanto gás natural é perdido no momento em que atinge um consumidor e que a pressão sobre isso deve aumentar. “Isso pode aumentar o risco de uma maré popular e política contra o gás natural, assim como acontece com o carvão”, comenta
Além do financiamento, é possível que o debate comece a impactar as decisões de compras e portfólios de projetos, provavelmente acelerando a captura de carbono, a compensação de carbono e a eletrificação da liquefação. “Este ano, já foram entregues as primeiras cargas de GNL neutros em carbono, enquanto várias empresas estão implementando ou investigando o uso de energia renovável para impulsionar o processo de liquefação “
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