Com informações da assessoria de imprensa do IBP
Os projetos de exploração e produção já contratados no offshore brasileiro, tanto em regimes de concessão quanto partilha, vão gerar uma nova onda de grandes investimento em plataformas, poços equipamentos e serviços. Essa demanda, para um mercado fornecedor que é global, já faz com quem executivos voltem a reforçar a necessidade de conter uma escalada de custos.
O presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), José Firmo, alertou a indústria de para o risco de que os investimentos para desenvolver as áreas arrematadas nos últimos anos voltem a inflacionar os preços, como ocorreu no início da década.
Ele participou do painel Como fortalecer a produtividade e a competitividade da cadeia de suprimentos de óleo e gás, na OTC Brasil 2019, e frisou a necessidade de manter os custos sob controle para que o petróleo brasileiro continue competitivo em relação aos concorrentes.
“A quantidade de dinheiro atraída para o Brasil nos últimos três anos faz tudo o que foi feito antes parecer pequeno. Estamos fazendo a coisa certa e precisamos continuar fazendo a coisa certa”, disse, destacando a necessidade de aproveitar o atual momento para integrar de fato toda a cadeia ao mercado global. “Uma abertura real do mercado é diferente de uma abertura do mercado”, completou.
O IBP estima que pelo menos 11 FPSOs serão contratadas nos próximos cinco anos. Para o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Petróleo (Abespetro), Claudio Makarovsky, as empresas brasileiras se adaptarão para atender a demanda se souberem exatamente qual será a demanda.
“Tivemos muitas experiências ruins no passado e não queremos repetir. Ninguém nessa sala vai querer fazer 18 sondas ao mesmo tempo novamente”, afirmou, durante umas das conferências da OTC Brasil 2019.
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Pulverização de operadores
Uma característica do momento pelo qual passa a indústria é a concorrência, no lado da demanda, entre operadores. Por anos, apenas a Petrobras contratou para grandes projetos de produção marítimos, mas neste momento, Shell, Equinor, Enauta e PetroRio, além da própria Petrobras estão com concorrências na rua ou planejadas para o curto prazo.
O vice presidente global de Supply Chain da Equinor, Mauro Andrade,
“Estamos terminando o processo de avaliação para contratação do SURF para Carcará e do FPSO também. Desde o começo a nossa estratégia de procurement foi que o SURF seria majoritariamente feito no Brasil, não tem porque fazer em outro lugar”, afirmou o executivo, que participou do OTC Brasil Studio, produzido pela epbr.
Ouça aqui a entrevista gravada com Mauro Andrade.
SURF é o pacote de aquisição de sistemas submarinos — sigla para submarino, umbilicais, risers e flowlines (linhas de produção).
A PetroRio também se prepara para investir em Frade, mais recente aquisição da operadora do campo de Polvo, ambos ativos da Bacia de Campos. Frade possui reservatórios ainda não desenvolvidos, que vão demandar novos poços.
A Shell, que tem diversos projetos de pré-sal e pós-sal no offshore brasileiro, planeja a contratação de um FPSO para Gato do Mato, na Bacia de Santos. A companhia chego a abrir uma licitação para o projeto, mas ainda estuda como será a versão final do FPSO.
E a Enauta pretende contratar o FPSO definitivo de Atlanta no primeiro semestre de 2020 e inicar a produção da nova unidade em 2022. O projeto da companhia, que opera o campo de Atlanta em sociedade com a Barra Energia, prevê a instalação de um FPSO com capacidade para produzir 50 mil barris/dia de petróleo.
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