Produção em águas profundas de Sergipe pode ficar para dezembro

O FPSO Cidade de São Vicente será responsável pelo TLD
O FPSO Cidade de São Vicente será responsável pelo TLD

A Petrobras deve iniciar a produção em águas profundas de Sergipe em dezembro, quando pretende testar o reservatório de Farfan, uma das descobertas feita na região. O plano prevê a instalação do FPSO Cidade de São Vicente, conectado a um poço de produção.

As informações foram publicadas pela Upstream, nesta quarta (30).

Segundo a publicação, foi necessário mais tempo que o previsto para concluir a limpeza do casco da unidade, uma exigência do Ibama, com vistas a impedir a migração do coral-sol, uma espécie que pode causar desequilíbrios ambientais e pode ser transportada para áreas onde não ocorre naturalmente, encrustada em cascos de embarcações.

A companhia pretendia realizar o teste de longa duração (TLD) em 2018. O FPSO Cidade de São Vicente é da BW Offshore e está contratada pela Petrobras até o segundo trimestre de 2020 — TLDs, em regra, duram seis meses. Tem capacidade para produzir até 30 mil barris/dia de petróleo, conectada a um poço.

Com a revisão, o prazo para conclusão da campanha em Cumbe, Farfan e Barra, descobertas feitas na região, foi postergado em um ano, de 2019 para dezembro de 2020. Decisão da diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), tomada este mês.

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Grande potencial em Sergipe

Há cerca de seis anos, a Petrobras fez descobertas gigantes de petróleo e gás natural no offshore de Sergipe, com grande potencial de produção de gás. De lá para cá, os projetos vem sendo postergados e o cronograma atual é instalar dois FPSOs definitivos a partir de 2020. A companhia, inclusive, busca um novo sócio para o projeto, que está parcialmente à venda.

Apenas uma das descobertas, Poço Verde, tem 11,9 bilhões (P50) de m³ de gás natural in place (VGIP). Os volumes são estimados para um dos reservatórios explorados durante o plano de avaliação da descoberta (PAD) do poço 1-BRSA-1022-SES, iniciado em 2013 e concluído ano passado. O PAD engloba áreas dos contratos BM-SEAL-4A (onde a ONGC é sócia com 25%) e BM-SEAL-11 (100% Petrobras).

Blocos em exploração e descobertas operadas pela Petrobras[sc name=”newsletter”]

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