O presidente do Chile Sebastián Piñera anunciou nesta quarta-feira que o país desistiu de sediar a COP 25, a Cúpula do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU). O país vizinho assumiu a condução do evento, que aconteceria no Brasil, depois que o presidente Jair Bolsonaro pediu o cancelamento do evento.
Piñera anunciou que a primeira preocupação do governo é estabelecer plenamente a ordem pública, a segurança e a paz social. Disse ainda que pretende promover um amplo diálogo com a sociedade para conseguir aprovar as mudanças que o país precisa no Congresso Nacional.
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O surto social no Chile deixou um resultado triste de 20 mortos, centenas de feridos e 9.203 presos, de acordo com um relatório oficial divulgado ontem (29) pelo Ministério da Justiça e Direitos Humanos chileno. O balanço inclui dados de mortes e feridos contabilizados a partir de 19 de outubro, quando começaram os protestos e os tumultos, e segunda-feira (28) de manhã, ou seja, não inclui os incidentes graves registrados na segunda-feira à tarde em Santiago, Concepción, Valparaíso e Antofagasta.
Nesse contexto, multiplicaram-se as queixas sobre violações de direitos humanos e violência institucional, o que levou as Nações Unidas a enviar uma missão especial ao Chile para investigá-las.
O Instituto Nacional de Direitos Humanos (NHRI) apresentou queixas para investigar os casos de cinco mortes causadas pela ação de agentes do Estado, além de outras 18 por violência sexual, 54 por tortura e mais der 50 por supostas detenções ilegais.
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