Petrobras programa produção em águas profundas de Sergipe para novembro

O FPSO CIdade de São Vicente, afretado com a BW Offshore, será responsável pelo TLD que a Petrobras fará em águas ultraprofundas de Sergipe. Foto: Agência Petrobras
O FPSO CIdade de São Vicente, afretado com a BW Offshore, será responsável pelo TLD que a Petrobras fará em águas ultraprofundas de Sergipe. Foto: Agência Petrobras

A Petrobras pretende iniciar o teste de produção em suas descobertas em águas profundas de Sergipe em novembro, informou a empresa à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O projeto precisou ser postergado por um ano para manutenção no FPSO Cidade de São Vicente.

A diretoria da agência aprovou o novo cronograma do projeto nesta quinta (17). A Petrobras precisa concluir a exploração de várias descobertas de petróleo e gás natural na Bacia de Sergipe, mas a etapa vital para decidir os próximos passos é um teste de longa duração (TLD), um sistema simplificado de produção feito para obter mais informações sobre os reservatórios.

A companhia pretendia realizar o TLD em 2018, mas o Ibama exigiu que fosse feita uma limpeza no casco do FPSO Cidade de São Vicente, de acordo com informações apresentadas à ANP. A plataforma é da BW Offshore e está contratada pela Petrobras até o segundo trimestre de 2020 — TLDs, em regra, duram seis meses. Tem capacidade para produzir até 30 mil barris/dia de petróleo, conectada a um poço.

Com a revisão, o prazo para conclusão da campanha em Cumbe, Farfan e Barra, descobertas feitas na região, foi postergado em um ano, de 2019 para dezembro de 2020.

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Grande potencial em Sergipe

Há cerca de seis anos, a Petrobras fez descobertas gigantes de petróleo e gás natural no offshore de Sergipe, com grande potencial de produção de gás. De lá para cá, os projetos vem sendo postergados e o cronograma atual é instalar dois FPSOs definitivos a partir de 2020. A companhia, inclusive, busca um novo sócio para o projeto, que está parcialmente à venda.

Apenas uma das descobertas, Poço Verde, tem 11,9 bilhões (P50) de m³ de gás natural in place (VGIP). Os volumes são estimados para um dos reservatórios explorados durante o plano de avaliação da descoberta (PAD) do poço 1-BRSA-1022-SES, iniciado em 2013 e concluído ano passado. O PAD engloba áreas dos contratos BM-SEAL-4A (onde a ONGC é sócia com 25%) e BM-SEAL-11 (100% Petrobras).

Blocos em exploração e descobertas operadas pela Petrobras

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