O vazamento de óleo que já atinge praias dos nove estados do Nordeste pôs o ministro de Meio Ambiente, Ricardo Salles (Novo), no alvo de deputados na Câmara. Na última semana quatro requerimentos foram protocolados solicitando informações ao ministro sobre a origem do óleo e medidas tomadas pela pasta para combater o desastre que se alastra desde o começo de setembro.
Os deputados querem saber, por exemplo, quais os planos estratégicos do ministério para amenizar os efeitos do óleo que já chega a 138 localidades de mais de 60 municípios, e se o governo pretende liberar recursos emergenciais às cidades afetadas. Eles também pedem mais transparência nas ações do governo, com a divulgação dos laudos técnicos elaborados pela Petrobras sobre o DNA do óleo encontrado.
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Ao todo, sete deputados já fizeram requerimentos mirando o ministro, cuja atuação é criticada. Os parlamentares são do Maranhão, Pernambuco, Ceará, Espírito Santo, São Paulo e Paraná.
O presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, Rodrigo Agostinho (PSB/SP), foi um deles. Ao lado de Célio Studart (PV/CE) e Túlio Gadêlha (PDT/PE) ele protocolou requerimentos pedindo esclarecimentos de Salles e também do ministro da Defesa, Fernando Azevedo, a quem questiona sobre a atuação da Marinha para mapear o vazamento.
Essa é a segunda vez em três meses que Salles entra no alvo de críticas de parlamentares. A primeira foi a crise criada sobre as queimadas na Amazônia, em agosto. No começo de setembro Agostinho já havia prometido votar na CMA a convocação de Salles para tratar das queimadas. Para Agostinho, Salles não tem competência para fazer frente aos desafios que o ministério enfrenta.
Ministério é convidado para audiência sobre óleo nas praias do Nordeste
Além dos requerimentos de informação, Pedro Lupion (DEM/PR) protocolou na Comissão de Minas e Energia um requerimento de audiência pública para tratar do vazamento. Aprovado, o texto convida representantes do Ministério de Meio Ambiente, do Ibama, ANP, Marinha, Petrobras e do Greenpeace para atualizar os parlamentares sobre a dimensão do impacto ambiental do vazamento e sua possível origem, o que ainda não foi descoberto.
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