A 65ª fase da Operação Lava Jato prendeu nesta terça-feira Márcio Lobão, filho do ex-ministro de Minas e Energia e ex-senador Edison Lobão (MDB/AM). A Polícia Federal está cumprindo mandados de busca e apreensão para aprofundar investigações sobre esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro na Transpetro e na obra de construção da hidrelétrica de Belo Monte.
De acordo com informações do Ministério Público Federal (MPF), entre 2008 e 2014 o ex-ministro e seu filho receberam R$ 50 milhões propinas dos grupos Estre e Odebrecht. Evidências indicam que os atos de lavagem se estendem até 2019.
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Além dos crimes de corrupção relativos à participação da Odebrecht no contrato de construção da Usina de Belo Monte, a operação investiga benefícios em mais de 40 contratos, cujo valor chega a cerca de R$ 1 bilhão, celebrados pelas empresas Estre Ambiental, Pollydutos Montagem e Construção, Consórcio NM Dutos e Estaleiro Rio Tietê.
“Nos esquemas criminosos, as provas indicam que as propinas foram entregues em espécie em escritório advocatício ligado à família Lobão, localizado no Rio de Janeiro. Nesse sentido, foram obtidos depoimentos de colaboradores, registros de ligações e reuniões entre os investigados, e registros em sistemas de controle de propinas”, diz a nota do MPF.
Ainda de acordo com MPF, existem fortes evidências do envolvimento de Márcio Lobão, por longo período, em diversas operações de lavagem de capitais e em crimes de corrupção relacionados a diferentes obras públicas e grupos empresariais, o que continua acontecendo em 2019 e motivou o pedido de prisão.
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