Governo promete lista de 17 privatizações, anuncia 9 e sem a Eletrobrás

Os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e o da Infraestrutura, Tarcisio Gomes de Freitas e o Secretário Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, Salim Mattar, durante entrevista à imprensa no Palácio do Planalto. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e o da Infraestrutura, Tarcisio Gomes de Freitas e o Secretário Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, Salim Mattar, durante entrevista à imprensa no Palácio do Planalto. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Com informações da Agência Brasil

O decreto de privatização da Eletrobras pode sair nos próximos dias, disse nesta quarta-feira o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. O governo anunciou hoje, após a 10ª reunião do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da Casa Civil, que abriu estudos ou atualizou normas para que os Correios e mais oito companhias da União sejam privatizadas (total ou parcialmente) ou firmem parcerias com a iniciativa privada. 

Ontem, para uma plateia de empresários em São Paulo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a lista de 17 empresas que seriam privatizadas seria anunciada nesta quarta-feira.  “Nós vamos acelerar as privatizações. Amanhã saem as 17 empresas, e ano que vem tem mais. E nós achamos que vamos surpreender. Tem gente grande aí que acha que não vai ser privatizado, mas vai entrar na faca”, disse Guedes. 

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Com as decisões de hoje, sobe para 18 o número de ativos federais (empresas, ações e serviços) incluídos no PPI. Na última reunião, em maio, o governo tinha aberto estudos para privatizar a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e a Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb).

A Eletrobras, as Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasaminas), a Casa da Moeda, o porto de São Sebastião e a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) também estão incluídos no PPI. Segundo Onyx Lorenzoni, os decretos de privatização dessas companhias podem sair nos próximos dias.

Além dos Correios, o governo decidiu abrir estudos para privatizar a Telebrás, o Porto de Santos, a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev) e o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). Também foram abertos processos de desestatização da Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores (ABGF), da Empresa Gestora de Ativos (Emgea), do Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec) e da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp).

Mais cedo, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou nesta que a privatização da Eletrobras vai garantir mais recursos para investimentos no país. Segundo ele, os recursos que o governo é obrigado a colocar na estatal poderiam ser investidos na revitalização do São Francisco, em projetos sociais ou em infraestrutura, por exemplo.

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