A oferta de 15 blocos exploratórios no setor SC-AR4, em águas rasas da Bacia de Campos, pode atrair o interesse de petroleiras independentes inscritas na oferta permanente. Os blocos estão próximos dos campos de Polvo, operado pela PetroRio, e Peregrino, operado pela Equinor, que não está inscrita no leilão.
Apesar de ter seu foco na produção e não em ativos exploratórias, a PetroRio pode ter interesse em buscar upside para o projeto de Polvo e por isso é vista como forte candidata para participar da concorrência.
A PetroRio anunciou em fevereiro uma nova campanha em 2019 para a perfuração de quatro poços no projeto de revitalização do campo de Polvo, em águas rasas da Bacia de Campos. A empresa mapeou 22 potenciais prospectos na região do campo offshore e se todas as demais 18 perfurações forem realizadas deve investir algo em torno de R$ 60 milhões no projeto. Cada campanha de perfuração deve durar cerca de dois meses.
“Acreditamos na possibilidade de estender a vida útil de Polvo para 2030 e reduzir ainda mais o custo por barril, caso o resultado seja semelhante ao do ano passado. Nós nos dedicamos muito para planejar esta campanha de modo a atingir bons resultados”, conta Nelson Queiroz Tanure, CEO da PetroRio.
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Projetos em águas tem sido o foco da Karoon, que atua na Bacia de Santos operando blocos exploratórios e projetos de desenvolvimento. A empresa acabou de comprar da Petrobras o campo de Baúna, em águas rasas da Bacia de Santos. A estatal vendeu 100% da área, que também foi disputada pela PetroRio.
A Karoon também opera blocos com descobertas de óleo em águas rasas no Sul da Bacia de Santos, onde têm um projeto de instalação de um FPSO de pequeno porto. A companhia busca, há alguns anos, um sócio para o projeto.
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Baúna iniciou a produção em fevereiro de 2013 com pico de produção acima de 76.000 barris por dia em setembro de 2013. Atualmente, produz cerca de 19 mil barris/dia, mas a Karoon estima que pode elevar a produção para 33 mil barris/dia até 2022.
O sistema de produção é formado por seis poços produtores, três poços injetores de água e um poço de injeção de gás, interligados ao FPSO Cidade de Itajaí, uma unidade de produção afretada com o consórcio Teekay/Ocyan, com capacidade de processamento de 80.000 barris por dia.
Outras independentes estrangeiras com ou sem atuação no país, como a Capricorn e Wintershall DEA, e Murphy Exploration podem enxergar oportunidade nos ativos em águas rasas na região.
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