A Petrobras recebeu do Ibama a primeira renovação para a licença de instalação do FPSO CIdade de São Vicente em águas ultraprofundas da Bacia de Sergipe-Alagoas. A empresa vai iniciar até o final do ano um Teste de Longa Duração (TLD) para analisar a descoberta de Farfan, na área do bloco exploratório SEAL-M-426. A licença para a instalação do FPSO é válida até 15 de janeiro de 2020.
O navio-plataforma será ancorado em lâmina d’água de 2.250 m. A produção média de óleo durante o do TLD será de 5.978 bpd, tendo como pico 7.119 bpd e a produção de gás de 500 mil m3 /d, devido a limitações de queima de gás. O óleo será escoado por offloading e o gás natural, consumido na própria plataforma.
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O SEAL-M-426 é vizinho dos blocos SEAL-M-501 e SEAL-503, arrematados na 14ª rodada da ANP, realizada semana passada, pelo consórcio ExxonMobil (50%), Queiroz Galvão E&P (30%) e Murphy Oil (20%). O consórcio ofertou R$ 67 milhões e R$ 42 milhões pelas áreas, respectivamente.
Para a produção comercial, a Petrobras vai instalar um gasoduto de 128 km de extensão para escoar a produção de gás natural dos projetos de produção dos reservatórios de Farfan, Barra e Muriú, na área dos blocos exploratórios BM-SEAL-10 e BM- SEAL-11. A produção do módulo 1 da região será feita a partir de um FPSO com primeiro óleo previsto para outubro de 2023.
O gasoduto terá trecho submarino com 100 km e trecho terrestre com 28 km, chegando em terra pelo município de Barra dos Coqueiros. Segundo dados do IBGE, a cidade tem pouco mais de 29 mil habitantes. Em 2016, ainda de acordo com dados do IBGE, o salário médio mensal na cidade era de 2,1 salários mínimos.
O duto terá 12″ de diâmetro (mesmo diâmetro do trecho submarino) e deverá operar com pressões em torno de 115 kgf/cm² de forma a atender as pressões mínimas para o processamento na UTG-SE. O trecho terrestre vai até a área onde se pretende instalar a Unidade de Tratamento de Gás de Sergipe (UTG-SE), município de Japaratuba. A cidade tem pouco mais de 18 mil habitantes, também de acordo com dados do IBGE.
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Para isso, a Petrobras está vendendo participações no projeto de águas profundas de Sergipe. A venda parcial dos ativos faz parte do programa de desinvestimento da companhia, e vai envolver os blocos BM-SEAL-4, BM-SEAL-4A, BM-SEAL-10 e BM-SEAL-11, onde foram identificados seis prospectos, em fase final de delimitação.
Mas o que o TLD vai testar?
O TLD do poço 3-SES-176D tem como objetivo principal esclarecer as incertezas técnicas sobre escoamento e dinâmicas do reservatório e testar a capacidade de produção e aquisição de dados do comportamento da pressão de fundo e das vazões de óleo e gás.
A empresa também vai:
. analisar a modelagem geológica e de fluxo, de forma a embasar as previsões de comportamento no projeto de produção;
. identificar eventual presença de falhas, fraturas condutivas, permeabilidades horizontais e verticais, raio de drenagem, tamanho do aquífero e barreiras ao fluxo;
. avaliar o escoamento do óleo através de linhas submarinas, calibrando as correlações e resultando em previsões de produção mais confiáveis;
. adquirir informações essenciais para melhor definição dos futuros projetos de produção de petróleo e gás em Sergipe