Itaú realiza leilões para compra de energia renovável

O head de Project Finance do Itaú, Marcelo Girão, participou da terceira etapa dos Diálogos da Transição.
O head de Project Finance do Itaú, Marcelo Girão, participou da terceira etapa dos Diálogos da Transição.
O head de Project Finance do Itaú, Marcelo Girão, participou da terceira etapa dos Diálogos da Transição.

O Itaú deve realizar ainda em 2019 dois leilões para a aquisição de 5 MW de energia renovável para abastecer agências no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. A energia será comprada a partir de projetos de geração distribuída. 

“A gente já anunciou um projeto piloto de algumas agências em Minas Gerais, que estão comprando energia de usina solar, usando geração distribuída. E a gente em breve deve fazer dois pequenos leilões para agências aqui no Rio de Janeiro e em Minas Gerais no intuito de aumentar a participação de renováveis no consumo do próprio banco”, explicou Marcelo Girão, head de Project Finance do Itaú.

O executivo participou nesta terça (6) da terceira edição dos Diálogos da Transição, evento promovido pela epbr e pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), no Rio de Janeiro.

 Em fevereiro, o Itaú anunciou que finalizou a implementação da primeira fase do projeto de Geração Distribuída de Energia Solar para sua rede de agências em Minas Gerais, com a injeção de 2 MW na rede da Cemig que estão abatendo o consumo de 200 agências localizadas em 133 cidades mineiras (cerca de 45% da rede em MG). O projeto conta com a  parceria das empresas GD Solar e Green Yellow.

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Dados da Aneel mostram que o Brasil ultrapassou a marca de 1 GW de potência instalada em micro e minigeração distribuída de energia elétrica. A fonte mais utilizada para micro e minigeração distribuída, pelos consumidores brasileiros, é a solar fotovoltaica, com 82,6 mil micro e mini usinas e cerca de 870 MW de potência instalada. Em segundo lugar em potência instalada está a produção por centrais geradoras hidrelétricas (CGHs), com 86 usinas e 81,3 MW de potência.

O executivo entende que – a partir da consolidação da regulação que está sendo discutida pela Aneel para o mercado de geração distribuída – haverá uma consolidação do setor, com fusões e aquisições. “O banco, como financiador, vai apoiar e olhar esses projetos”, comenta. 

Girão conta que o banco desenvolveu um projeto de varejo para financiar projetos de telhados solares. “Tem sido cada vez mais frequente a análise de projetos de geração distribuída”, conclui o executivo. 

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As edições de 2019 dos Diálogos da Transição contam com patrocínio da CDGN, do Itaú e da Shell e apoio institucional do WeWork, que sedia os eventos, no Rio de Janeiro.