Com 1,12 milhão de trabalhadores, o Brasil foi o terceiro maior empregador na cadeia de produção de energias renováveis no mundo em 2018. Puxado pela cadeia produtiva de etanol, o país ficou atrás apenas da China, com 4,07 milhões de empregos, e da União Europeia, que emprega 1,23 milhões de pessoas.
De acordo com levantamento da International Renewable Energy Agency (Irena), o número compõe a maior parte dos 1,12 milhão de pessoas empregadas na cadeia de produção de energias renováveis no país. Com 832 mil empregos, o Brasil manteve a liderança em postos de trabalho na produção de biocombustível líquido, com quase a metade dos 2 milhões de empregos na área de biocombustíveis mantidos na América Latina no ano passado.
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A Irena, no entanto, destaca que a maioria desses empregos da cadeia de produção de biocombustíveis é gerada no plantio e na colheita de matérias-primas, vagas de trabalho com remuneração pior e que demandam trabalhadores menos qualificados.
Segunda maior empregador dentre as cadeias de renováveis no país, a energia eólica mantém apenas 34 mil empregos no país. Em terceiro lugar está o aquecimento solar de água, que emprega 41 mil pessoas no país. A cadeia de energia solar fotovoltaica emprega 15 mil pessoas no Brasil.
No outro extremo, a China detém 39% das vagas de trabalho em renováveis no mundo, com a produção de equipamentos para energia solar fotovoltaica representando 2,2 milhões desses 4,07 milhões de postos de trabalho e vagas concentradas sobretudo na indústria.
Segundo a sexta edição do relatório Renewable Energy and Jobs da Irena, a recente adição de 2,1 GW de capacidade de geração eólica no Brasil, que elevou a capacidade instalada no país a 14,7 GW, abre novos horizontes para o emprego no setor.
A IRena estima que a mão-de-obra na produção de energia eólica do país está próxima de 34 mil postos de trabalho, com cerca de um terço dessas vagas concentrado na fabricação de componentes, 42% em construção das usinas eólicas e o restante em operações e manutenção.
O BNDES oferece empréstimos subsidiados para o setor se os desenvolvedores atenderem aos requisitos de conteúdo local de 65%. Estatísticas mais recentes disponíveis sugerem que, em 2014, o conteúdo local no setor de energia eólica do Brasil chegou a cerca de 89% da produção de equipamentos.