Preços do petróleo despencam com acirramento de guerra comercial

Mercado, Bolsa, Preços
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Com informações de Investing.com e Reuters

O preço dos contratos futuros do petróleo Brent despencaram 4,60%, fechando cotados a US$ 67,76 por barril, na desvalorização mais forte do ano até agora. Reflexo do novo acirramento da tensão entre China e EUA que travam uma guerra comercial e levam analistas a antever impactos na economia global.

A ações da Petrobras negociadas na B3 recuaram 1,71% (PETR4) e 1,74% (PETR3), acompanhando os preços do petróleo e os mercados globais.

O banimento imposto à fabricante chinesa Huawei de realizar negócios com empresas americanas colocou a disputa comercial entre os dois países em um novo patamar, do qual já é denominada de “guerra fria tecnológica”.

Após elevar as tarifas de 10% para 25% sobre US$ 200 bilhões em importação de mercadorias chinesas e ameaçar impor taxas de 25% em outros US$ 325 bilhões de produtos do país asiático, os EUA estão limitando a atuação de empresas tecnológicas da China.

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Nenhuma empresa americana poderá fornecer equipamentos e serviços a Huawei, assim como a companhia chinesa fazer parcerias para vendas de produtos. O pano de fundo do banimento é a corrida para implementação da rede 5G de telefonia e internet móvel, na qual os equipamentos e serviços da Huawei são apontados como de vanguarda no segmento. O banimento pode também se estender a outras empresas chinesas.

Os chineses cobraram os EUA uma postura diferente para resolver os impasses. “Se os Estados Unidos quiserem continuar as negociações comerciais, devem mostrar sinceridade e corrigir suas ações equivocadas. As negociações só podem continuar com base na igualdade e no respeito mútuo”, disse o porta-voz do Ministério do Comércio da China, Gao Feng.

A última conversa entre as delegações dos dois países foi em 10 de maio, dia que começou a vigorar as novas tarifas. E não há data para retomada de conversas, embora haja expectativa de um encontro bilateral entre o presidente americano Donald Trump e o líder chinês Xi Jinping durante reunião do G-20 no mês que vem no Japão.

O secretário de Estado americano colocou mais pano quente na disputa ao afirmar nesta quinta-feira que os EUA devem cortar relações com mais empresas chinesas. Além disse, chamou o presidente-executivo da Huawei de mentiroso quando ele afirmou que a empresa não tinha relações com o governo chinês.