HOUSTON – Os projetos de revitalização de campos maduros na Bacia de Campos podem render investimentos da ordem de US$ 12 bilhões nos próximos anos. A informação é do presidente da BHGE, Alejandro Duran, durante palestra na Arena Onip, na OTC 2019, em Houston.
“Não tem absolutamente ninguém que vá perder em colocar energia na habilitação desses projetos nos reservatórios turbidíticos na Bacia de Campos (…) quando a gente olha de volta essa Bacia, começa a trazer de volta tecnologia dentro do redesenvolvimento da Bacia de Campos, os potenciais de produção, de aumento de produção, são extremamente elevados”, afirmou Duran.
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A Bacia de Campos vive a sua pior fase em muitos anos. Encerrou 2018, com uma produção média de 1,2 milhão de barris/dia, a menor em décadas. Com ativos predominantemente operadores pela Petrobras, que mudou seu foco para o desenvolvimento do pré-sal, a bacia registra o declínio de seus principais ativos, inclusive com a desativação de unidades de campos antigos.
Alejandro Duran apresentou dados mostrando que, com os investimentos de US$ 12 bilhões, em 20 anos, seri possível elevar o fator de recuperação na Bacia de Campos para 46%, dos atuais 14%, com efeitos diretos na geração de empregos e na arrecadação de participações governamentais.
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“Tem muita coisa do ponto de vista de capex [novos aportes], de opex [gastos operacionais] que hoje pode ser feito. A capacidade que você tem de gerar valor para o Estado, para as empresas e apara o operador é extremamente elevada.”, afirmou o executivo.
Os projetos de revitalização de campos maduros na Bacia de Campos podem render investimentos da ordem de S$ 12 bilhões nos próximos anos. Olha aí um trecho da apresentação do presidente da BHGE, Alejandro Duran, na Arena Onip #otc50 #otcnaepbr pic.twitter.com/Kyvy7eliXr
— epbr (@epbr) May 7, 2019
Em entrevista à epbr, o diretor-geral da ANP, Décio Oddone também tratou desse tema. Destacou que a agência está cobrando da Petrobras a venda de projetos ou a devolução dos contratos em que ela não tem planos de novos investimentos, como tem ocorrido em águas rasas e em ativos onshore.
++ Entrevista com o diretor-geral da ANP, Décio Oddone
“A Petrobras, ao decidir concentrar seus investimentos no pré-sal, corretamente, ao mesmo tempo deixou de investir em outras áreas. Notadamente, Bacia de Campos, campos maduros no Nordeste. Enxergamos oportunidade para mais investimento. Se ela não está interessada, então esse processo tem que ser feito com celeridade para que não haja impacto na produção de petróleo, na arrecadação de royalties.”