O leilão do petróleo excedente da cessão onerosa, que está programado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) para acontecer em 28 de outubro, levou até o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Carlos Alberto Pereira de Oliveira, o comando de cinco das principais petroleiras internacionais com atuação no Brasil no mês fevereiro. Em pauta, a atualização das parcerias entre as empresas.
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A Petrobras terá a opção de ser operadora das quatro áreas que serão licitadas no leilão do excedentes da cessão onerosa, já que a concorrência vai ofertar áreas no regime de partilha da produção. As empresas vencedoras terão que indenizar a Petrobras pelos investimentos feitos nas áreas da cessão onerosa, onde estão atualmente os investimentos de desenvolvimento da produção.
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Shell
A primeira empresa a chegar ao então recém empossado diretor da Petrobras foi a Shell. O presidente da petroleira Brasil, André Araújo, e o diretor de Upstream, Andrew Brown, estiveram com o diretor de E&P da Petrobras e o gerente-executivo de Exploração, Mario Carminatti, em 5 de fevereiro.
A Shell tem sido o principal player dos leilões do pré-sal após o fim da operação única da Petrobras no polígono do pré-sal. Disputou e arrematou áreas em todas cinco concorrências de pré-sal realizadas entre 2017 e 2018.
Não foi, contudo, sócia da Petrobras em nenhuma dessas concorrências, com exceção do primeiro leilão em 2013, da área de Libra. O parceiro preferencial da Shell nos leilões foi a Chevron. Juntas as empresas arremataram as áreas de Três Marias e Saturno, no 4o e 5o leilões do pré-sal. Tentaram, juntas com a QPI, arrematar a área de Uirapuru, que acabou com o consórcio Equinor, ExxonMobil e Galp.
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Surpreendeu no 5o leilão do pré-sal ao disputar a área de Titã com a Ecopetrol, que acabou levando uma fatia do bloco de Pau Brasil no leilão em pareceria com a BP e a chinesa CNOOC.
BP
Por falar em BP, a inglesa foi a segunda a chegar no diretor de E&P da Petrobras. Em 13 de fevereiro, Adriano Bastos, presidente da empresa no Brasil, e Felipe Arbelaez, presidente Regional da BP para América Latina discutiram a atualização da parceria com Carlos Alberto Pereira de Oliveira. A BP é a principal parceria da Petrobras nos leilões do pré-sal.
Arrematou em parceria com a estatal brasileira a área de Peroba e a Alto de Cabo Frio Central, no 3o leilão do pré-sal, e a área de Dois Irmãos na 4a rodada, que também conta com a participação da Equinor.
No 5o leilão do pré-sal, a BP conseguiu sua primeira operação no pré-sal brasileiro com a área de Pau Brasil, que arrematou em parceria com a Ecopetrol e a CNOOC.
Equinor
A presidente da Equinor Brasil, Margareth Øvrum, e Veronica Coelho, vice-presidente Sênior de Estratégia e Portifólio da empresa, também estiveram com o diretor de E&P da Petrobras discutindo a atualização das suas parcerias.
As empresas são parcerias no projeto de Uirapuri, arrematado no 4o leilão do pré-sal. Apesar do consórcio original e vencedor da disputa ter sido formado por Equinor, ExxonMobil e Petrogal, a Petrobras exerceu seu direito de preferência após perder a disputa pela área e entrou no projeto como operadora. O consórcio ofertou bônus de R$ 2,6 bilhões pelo projeto.
Também são parceiras no projeto de Dois Irmãos, arrematado no mesmo leilão e onde a Petrobras também exerceu sua preferência após perder a disputa direta pela área. A Equinor estava inscrita mas não apresentou propostas no 5o leilão do pré-sal.
Total
Arnaud Breuillac, presidente de E&P da Total, e Philippe Blanchard, presidente da Total E&P Brasil, estiveram com Carlos Alberto Pereira Oliveira em 18 de fevereiro. A Total participou de todos os leilões do pré-sal até aqui e no 2o leilão arrematou em conjnho com a Shell a área de Sul de Gato do Mato.
Foi parceira da Petrobras e da BP na disputa pelas áreas de Três Marias e Uirapuru, no 4o leilão do pré-sal. Acabou perdendo a disputa nas duas concorrências.
No 5o leilão do pré-sal, repetiu a parceria com a Petrobras para disputar o bloco de Pau Brasil, desta vez em um consórcio que contava também com a chinesa CNODC. Acabou perdendo a disputa para o consórcio formado entre BP, Ecopetrol e CNOOC.
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Repsol
A última major a se reunir com o diretor da Petrobras foi a Repsol, em 25 de fevereiro, quando Tomás García Blanco, diretor-geral E&P Repsol Madrid, e Mariano Ferrari, CEO Repsol Sinopec Brasil, estiveram com Carlos Alberto Pereira Olivera.
A Repsol esteve inscrita em todos os leilões do pré-sal. Arrematou a área de Entorno de Sapinhoá no 2o leilão do pré-sal, em parceria com a Petrobras e a Shell, suas sócias na área de Sapinhoá.
Regras do Leilão
O Ministério de Minas e Energia publicou nesta quinta-feira a resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) que estabelece diretrizes para o leilão do volume excedente do petróleo contratado com a Petrobras na cessão onerosa, na camada pré-sal da Bacia de Santos. A resolução dita os caminhos, mas não autoriza a realização da concorrência, o que deve acontecer em outra reunião do CNPE prevista para este mês. O leilão já está agendado para o dia 28 de outubro.