Spectrum licencia sísmica 3D na Foz do Amazonas e Pará-Maranhão

Spectrum licencia sísmica 3D na Foz do Amazonas e Pará-Maranhão

A Spectrum iniciou 2019 abrindo duas novas frentes de licenciamento ambiental para campanhas de aquisição de dados sísmicos 3D nas bacias da Foz do Amazonas e no Pará-Maranhão. As duas campanhas têm previsão para começar em março de 2020 e terminar em 2021 e mostram o olhar de longo prazo da empresa nos leilões de petróleo e gás realizados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

A campanha na Foz do Amazonas deve abranger uma área total de 22.412 km² (área de atividade + área de manobra) sendo o total da área de aquisição de 12.387 km². A distância mínima da costa é de 156 km, no município de Calçoene, no estado do Amapá. A menor profundidade na área de atividade de 900 metros e o tempo previsto a aquisição dos dados é de 300 dias.

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No Pará-Maranhão, a campanha está dividida em três fases que devem levantar dados em uma área total de 59.813,29 km². A primeira fase, que vai de março de 2020 até junho de 2021, vai levantar 20.631,76 km². Outros 20.427,21 km² serão levantados entre junho de 2021 e agosto de 2022. A terceira e última fase acontecerá entre agosto de 2022 e outubro de 2023 e vai levantar novos 18.754,32 km² em dados sísmicos.

Para as duas campanhas a Spectrum vai utilizar o Porto de Belém como base de apoio.

A Bacia do Foz do Amazonas não está prevista no atual calendário de atual de leilões de petróleo e gás da ANP, que vai até 2021. A região chegou a ser entrar no planejamento da 16ª rodada, que será realizada este ano, mas acabou saindo da licitação por conta das dificuldades com o licenciamento ambiental na região.

Em dezembro do ano passado, o Ibama indeferiu a licença ambiental para a atividade de perfuração marítima nos blocos FZA-M-57, 86, 88, 125 e 127 da Foz do Amazonas. O órgão afirmou que a decisão se deu por “um conjunto de problemas técnicos identificados ao longo do processo de licenciamento”.

O Ibama também determinou que a BP complemente os estudos ambientais para a campanha de perfuração de um poço na área do boco exploratório FZA-M-59, arrematado na 11a rodada de licitações da ANP, em 2013. Na prática, o pedido de complementação é uma negativa a emissão no momento, mas não impede que a licença seja emitida após a reapresentação dos estudos. Também não impede que o órgão ambiental solicite novos pedidos de complementação de informação.

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Em entrevista no Rio Oil & Gas Studio, o geólogo Pedro Zalán, explica porque são grandes as chances de existirem campos gigantes de petróleo e gás natural na Margem Equatorial brasileira, em especial na Foz do Amazonas.

A Bacia do Pará-Maranhão está prevista pela ANP para a 17a rodada de licitações, que será realizada no próximo ano. A agência pretende licitar na região blocos exploratórios no setor SPAMA-AUP1. A própria está licenciando uma campanha para aquisição de dados sísmicos 2D na Bacia do Pará-Maranhão. A campanha vai adquirir 8.617 km de dados durante 90 dias.