Atualização (10/01): Eduardo Bim foi nomeado presidente do Ibama, na quarta-feira (9/1) e Suely Araújo exonerada na terça-feira (8/1). Atos oficializados em edições extra do Diário Oficial da União (DOU).
O Ministério do Meio Ambiente aguarda apenas a chancela da Casa Civil para definir a data de posse do novo presidente do Ibama, o procurador federal Eduardo Fortunato Bim. Visto como alguém mais alinhado à visão do novo governo sobre preservação ambiental, Bim foi anunciado como novo presidente do órgão de fiscalização ainda no ano passado pelo hoje ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
No Ibama a substituição de Suely Araújo era esperada ainda na semana passada, dada a celeridade com que o nome de Bim foi anunciado pela nova equipe. Ontem a presidente do Ibama pediu exoneração após Salles e o próprio presidente Bolsonaro criticarem o contrato de aluguel de veículos que farão a fiscalização do Ibama em todo o território nacional.
O ministro comentou pelo Twiter ter considerado alto o valor de R$ 28,7 milhões do contrato de locação das 393 caminhonetes. Já o presidente fez uma postagem no último domingo, 6, sobre o contrato em que afirmava que “havia todo um sistema forma do para principalmente violentar financeiramente o brasileiro sem a menor preocupação”. A mensagem foi apagada pouco depois de postada.
Também ontem, o ibama divulgou que o contrato firmado em dezembro foi R$ 2,3 milhões mais barato do que a contratação anterior, assinada em 2017, para 360 carros.
Órgão da Casa Civil responsável por analisar currículos de nomeados está paralisado
Um dia após o pedido de exoneração de Suely, não há uma previsão para a nomeação de Bim. No lugar da substituição, a edição de hoje do Diário Oficial da União publica apenas a troca do presidente substituto do órgão, substituindo Luciano de Meneses Evaristo, diretor de Proteção Ambiental, por Luiz Eduardo Leal de Castro Nunes, diretor de Planejamento, Administração e Logística do órgão. Próximo a Suely, Evaristo a substituiu diversas vezes na presidência do Ibama.
O corpo técnico de funcionários da Casa Civil sofreu com a exoneração em massa de servidores anunciada na semana passada pelo ministro Onyx Lorenzoni. No total, 320 servidores lotados no ministério foram devolvidos a seus órgãos de origem no processo classificado pelo ministro como “despetização do governo”. Ontem a Folha de São Paulo informou que a iniciativa provocou o acúmulo de processos e paralisou a Comissão de Ética da Presidência, por onde passam os currículos de novos indicados para altos cargos no executivo federal, como ministros e presidentes de autarquias como o Ibama.
Ibama define grupo para analisar pedidos de conversão de multas
O DO desta terça traz também o último ato administrativo da presidente do Ibama, a designação de um grupo de trabalho para o programa de conversão de multas do órgão. A Comissão de Análise de Recursos terá quatro membros e será comandada pela servidora Ana Beatriz de Oliveira, chefe do setor de Projetos Especiais do Ibama.