BRASÍLIA – A subestação Nova Santa Rita, afetada pelas enchentes no Rio Grande do Sul, voltou a operar nesta terça-feira (27/8). O empreendimento opera em 2.688 MVA e responde por 20% da capacidade de transformação da Eletrobras no estado.
As fortes chuvas atingiram o Rio Grande do Sul em maio, deixando mais de 500 mil unidades consumidoras sem energia elétrica.
A subestação Nova Santa Rita ficou alagada. Foi a segunda vez em um prazo de um ano que o empreendimento precisou ser desligado, já que houve inundações também em 2023.
A manutenção demandou 250 profissionais da Eletrosul, que também recuperaram torres de linhas de transmissão.
Durante as enchentes, houve alagamentos, deslizamentos de encostas, erosões de solo e enxurradas com muito entulho, que afetaram várias linhas e torres de transmissão.
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A Eletrobras informou que todas as linhas de transmissão entre Guaíba 3, Itá, Campos Novos, Gravataí, Camaquã e a Subestação Nova Santa Rita estão em operação, retomando a confiabilidade energética da Região Metropolitana de Porto Alegre.
A crise no Rio Grande do Sul fez a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) adiar os reajustes tarifários das distribuidoras de eletricidade do estado.
Mudança de planos
Por risco climático, o Ministério de Minas e Energia pediu à Aneel que fosse excluído o lote 2 do leilão de transmissão 2 de 2024.
Inicialmente, a previsão era de obras para instalações nas cidades de Ivoti, São Sebastião do Caí, Caxias e Campo Bom, além de duas subestações de 230 kV/138 kV que seriam instaladas em São Sebastião do Caí e em Ivoti, todas no Rio Grande do Sul.
Entretanto, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) fez um estudo sobre interferências na mancha de inundação de 2024 com as obras previstas no leilão.
Assim, os traçados serão reexaminados pelo MME e a pasta pretende incluir as linhas de transmissão do Rio Grande do Sul em um leilão do segundo semestre de 2025.