A redução dos royalties do petróleo e gás natural para a produção incremental de campos maduros é uma medida que pode ajudar a postergar o descomissionamento de plataformas na Bacia de Campos. A visão é do prefeito da cidade, Aluízio Júnior, que concedeu entrevista exclusiva ao Rio Oilo & Gas Studio, no RioCentro.
“Não é algo que nos soa como virtude. A gente não quer celebrar o fim. Preferimos que, com investimento, esses campos tenham mais longevidade. Acho que a redução dos royalties é uma oportunidade para que isso seja revisto”, comentou.
Na última segunda-feira, a ANP publicou resolução que regulamenta o procedimento para conceder, a pedido da empresa operadora, e desde que comprovado o benefício econômico, redução de royalties para até 5% sobre a produção incremental de campos maduros. Dados da ANP indicam que 241 campos se classificam como maduros e podem pedir a redução.
Aluízio Júnior defende que é preciso desatrelar a indústria do petróleo e gás do pagamento de royalties, que segundo ele são importantes mas a atividades é muito mais importante e desejada do que os royalties em si. “O recurso mais bem utilizado que eu conheço é o salário. Você usa o seu salário da forma que você quiser. Não fica sob a ingerência de um ator público”, diz.
O prefeito de Macaé conta que a indústria do petróleo desempregou de 2012 até 2017 cerca de 40 mil pessoas. Mas a cidade começa a reverter os números, segundo ele. “Agora o emprego começa a voltar. E é o emprego da qualidade da indústria do petróleo. A cidade começa a ter definitivamente novos ares. E a população percebe isso”, conclui.
O Studio Rio Oil & Gas é uma parceria da epbr com o Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), e conta com patrocínio do Porto do Açu.