A Equinor está estudando investimento da ordem de US$ 600 milhões para interligar os campos de Gullfaks e Snorre a um parque eólico offshore que seria responsável por 35% da demanda de energia de cinco plataformas instaladas nas duas áreas. O projeto tem como meta a redução de mais de 200 mil toneladas/ano, o equivalente a emissão de 100 mil carros.
A empresa realizou um amplo estudo sobre a possibilidade de instalar eólicas offshore para abastecer campos no mar continental norueguês e entendeu que os campos de Gullfaks e Snorre têm as melhores perspectivas.
A ideia é instalar um parque eólico com 11 turbinas, cada uma com 8 MW, que juntas terão capacidade instalada de 88 MW. “Reduzir o uso de turbinas a gás através do fornecimento a partir da energia eólica offshore offshore é um projeto desafiador e inovador. Também pode facilitar novas oportunidades industriais para a indústria da Noruega”, disse o vice-presidente executivo da Equinor para Novas Soluções Energéticas, Pål Eitrheim.
A decisão de investimento é prevista para 2019. A Equinor e seus sócios nos projetos solicitaram apoio do fundo Enova, gerido pelo Ministério do Clima e Meio Ambiente da Noruega, que recentemente lançou edital para apoio de projetos eólicos offshore inovadores.
E no Brasil?
A Petrobras desenvolve projeto similar, mas em muito menor escala, no campo de Ubarana, em águas rasas da Bacia Potiguar. A petroleira vai instalar uma torre com aerogerador, uma torre anemométrica e um cabo submarino umbilical elétrico-óptico de aproximadamente 1 km de extensão a cerca de 20 km da costa de Guamaré, em uma região com lâmina d’água média entre 12 m e 16 m. A meta é começar a produzir até 2022.
A torre do aerogerador será instalada a cerca de 1 km de distância com relação à Plataforma de Ubarana 3 (PUB-3). O aerogerador possuirá potência nominal de 5 MW e será conectado através do cabo submarino umbilical elétrico-óptico à plataforma PUB-3.
O campo de Ubarana está no Rio Grande do Norte, na Bacia Potiguar, a 13 km da costa do município de Guamaré, em lâmina d’água entre 12 e 17 m. A ANP aprovou em junho de 2016 a prorrogação do contrato de concessão do campo até 2034. Na época, ficou acordo que a Petrobras apresentaria estudo para injeção de água para a área oeste do campo e instalaria registradores de pressão de fundo em todos os poços produtores que sofrerão intervenção para mudança de método de elevação.