Renovação do contrato do FPSO Cidade de Rio das Ostras foi até novembro. Foto: Cortesia Teekay
A Petrobras fechou sua segunda renovação de contrato de afretamento de FPSO em 2018. O contrato do FPSO Cidade de Rio das Ostras, fechado com a Teekay, foi estendido até novembro, podendo ser ampliado para janeiro de 2019. É um indicativo de que a empresa pode não contar com a unidade no próximo ano.
A plataforma fez o teste de longa duração do campo de Tartaruga Verde e foi substituída pelo FPSO Cidade de Campos dos Goytacazes, afretado com a Modec e que é a plataforma definitiva do campo. O campo de Tartaruga faz parte do projeto de desinvestimentos da Petrobras, que está buscando um sócio para o projeto.
Com a renovação dos dois contratos, o mercado brasileiro de FPSOs conta ainda com dois contratos de afretamento vencendo em 2018. Os dados foram levantados pela ferramenta de FPSOs da E&P Brasil. Consulte aqui: eixos.com.br/fpsos
Três das unidades com contrato vencendo em 2018 são afretadas pela Petrobras. A empresa diz, por meio de sua assessoria de imprensa, que analisa a conveniência de renovação de seus contratos em alinhamento com os objetivos de seu Plano de Negócios e Gestão 2018-2022.
A quarta unidade, o FPSO OSX-3, está afretado à Dommo Energia, que produz no campo de Tubarão Martelo, que está sendo devolvido pela petroleira à ANP.
Veja abaixo um panorama dos FPSOs que têm contratos vencendo em 2018:
FPSO Cidade de Niterói
Em fevereiro, a Petrobras e a Modec assinaram a extensão do contrato de afretamento do FPSO Cidade de Niterói, que está operando no campo de Marlim Leste, na Bacia de Campos. Com a extensão do contrato, que venceria naquele mês de fevereiro, a unidade de produção passará mais seis anos em Marlim Leste, até março de 2024. A unidade está produzindo em no campo da Bacia de Campos desde 2009
A plataforma tem capacidade para produzir 100 mil barris por dia de petróleo e comprimir 3,5 milhões de m3 por dia de gás natural.
FPSO Cidade de Rio das Ostras
Utilizado pela Petrobras para Testes de Longa Duração na Bacia de Campos, o FPSO Cidade de Rio das Ostras, afretado à Teekay, tinha seu contrato de afretamento vencendo neste mês de agosto. A plataforma tem capacidade para produzir 25 mil barris por dia de petróleo e produziu em novembro do ano passado, de acordo com dados da ANP, 7,2 mil barris por dia no campo de Tartaruga Verde. Os prazos acordados na renovação são um forte indicativo de que a Petrobras, sem novos projetos de produção para a Bacia de Campos, não deve contar com a unidade para 2019.
FPSO Piranema
Termina em outubro o contrato de afretamento do FPSO Piranema, primeira unidade de produção no formato cilíndrico do mundo e que é responsável pela produção do campo homônimo, em águas profundas da Bacia de Sergipe. O FPSO tem capacidade para produzir 25 mil barris por dia de petróleo.
O contrato entre a Petrobras e a Teekay Offshore possui a possibilidade de renovação por mais 11 anos.
O FPSO Piranema produziu, de acordo com dados da ANP, 4,2 mil barris por dia e 1,6 milhão de m3/dia de gás natural no mês de novembro.
FPSO OSX-3
Único projeto de produção operado pela Dommo Energia, ex-OGX, o campo de Tubarão Martelo já está em devolução para a ANP e deve ter sua unidade de produção, o FPSO OSX-3, afretado com a OSX, descomissionada ainda em 2018.
O FPSO tem capacidade para produzir 100 mil barris por dia de petróleo e foi construído pela Modec, contratada pela OSX em 2011 para fazer todo o EPC da unidade de produção. Entrou em operação em dezembro de 2013.
Seu descomissionamento representa o fim da produção das unidades pensadas e desenhadas pela OGX e OSX, então braços da holding EBX, de Eike Batista. O FPSO OSX-1 foi o primeiro a entrar em operação, em janeiro de 2012, e a produção interrompida em setembro de 2015. O FPSO OSX-2 foi construído pela SBM Offshore e nunca chegou a produzir.