RIO — A 3R Petroleum quer apostar em produtos flexíveis no mercado, com a comercialização do gás natural do Polo Peroá, na Bacia do Espírito Santo.
“[O gás de Peroá] não está associado à produção de petróleo. Podemos variar volumes. Isso é uma característica que tem valor no mercado”, afirmou o diretor Comercial e Corporativo da companhia, Rachid Felix, em entrevista ao estúdio epbr no Seminário de Gás Natural do IBP 2023 (Veja a íntegra da entrevista no vídeo acima).
Hoje, todo o volume produzido pela companhia no ativo é vendido para a Petrobras, antiga operadora da área e dona das unidades de tratamento de gás de Cacimbas (ES). A 3R está em negociações com a estatal, para uso da infraestrutura, o que lhe permitirá acessar outros clientes.
Felix conta que a empresa mira oportunidades no mercado livre, onde a 3R já tem praticado venda de excedentes de produção em contratos spot.
3R se tornará prestadora de serviços de processamento
A companhia vive a expectativa de concluir, nas próximas semanas, a aquisição do Polo Potiguar, da Petrobras.
Diferentemente de Peroá, o gás de Potiguar é associado ao petróleo. Félix explica que os campos do polo têm um consumo próprio de gás e que, portanto, o volume disponível para comercialização será marginal.
Com a aquisição do Polo Potiguar, a 3R passa a operar também o Ativo Industrial de Guamaré (RN) – o que inclui a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) de Guamaré. A intenção da 3R é manter a prestação de serviços da UPGN para terceiros.
Felix defende a continuidade do programa de desinvestimentos da Petrobras – interrompido pela nova gestão da empresa, a pedido do governo, para reavaliação.
“A gente acredita muito no modelo da diversificação. Não temos julgamento sobre o que a Petrobras decide fazer com seus ativos, mas como modelo da indústria para o país, a diversificação das operadoras é muito importante em todos os aspectos”, comentou.