A 3R Petroleum fez a maior oferta pela compra do Polo de Urucu, na Bacia do Solimões, informou a Petrobras em 4/12/20 com uma proposta de cerca de US$ 1 bilhão.
A Eneva fez a segunda maior oferta, de cerca de US$ 600 milhões.
As informações foram antecipadas na imprensa, levando a Petrobras a publicar um fato relevante.
“A Petrobras informa ainda que leva em consideração na análise das ofertas todas as componentes de valor e demais condições refletidas nas propostas, incluindo pagamentos firmes, pagamentos contingentes e outras condições contratuais relevantes, de tal forma que os valores veiculados na mídia não
proporcionam uma base suficiente para comparação das ofertas recebidas”, diz o comunicado.
Pelo modelo de venda de ativo da Petrobras, será aberta nova rodada para apresentação de ofertas antes do prosseguimento da negociação com eventual vencedor da concorrência.
A 3R Petroleum confirmou em comunicado ao mercado sua entrada na concorrência para a compra de Urucu, mas sem tratar de valores. A empresa informa que a proposta obedece a acordo de confidencialidade assinado com a Petrobras.
A 3R Petroleum foi criada para aquisição e operação de campos maduros, com foco em revitalização dos ativos. A partir do programa de desinvestimentos da Petrobras, a empresa estreou como produtora de petróleo na Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte.
A estratégia foi intensificada este ano. A empresa conta com investimentos da Starboard, que também comprou a Ouro Preto, voltada para o offshore, e colocou as operações debaixo do guarda chuva da 3R Petroleum, que foi listada na bolsa de valores este ano.
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A Eneva é uma operadora de projetos de exploração e produção, além geração e comercialização de energia elétrica. Nasceu dos investimentos em produção de gás integrada com usinas termoelétricas no Maranhão, na Bacia do Parnaíba.
Nesta sexta (4), a Eneva arrematou sete blocos exploratórios no Amazonas, Mato Grosso do Sul e Goiás no 2º leilão da oferta permanente, além do campo de Juruá, no Solimões e na mesma região operacional do Polo Urucu – Juruá não foi desenvolvido e não possui infraestrutura.
A empresa também investe no campo de Azulão, Bacia do Amazonas, para produção de gás, liquefação e atendimento à térmica Jaguatirica II, em Roraima. Projeto que vai atender ao sistema isolado de Boa Vista entra em operação em 2021.
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Polo de Urucu é um dos maiores do país
Em junho, a Petrobras anunciou a venda do Polo Urucu, incluindo campos produtores de petróleo leve e do gás natural que atende ao antigo sistema isolado de Manaus, no Amazonas. Os campos, na Bacia do Solimões, estão entre os maiores produtores em terra no Brasil.
Além disso, está ofertando as quatro unidades de processamento de gás natural (UPGNs) e estações de tratamento e compressão, tanques de petróleo e esferas de GLP.
Os campos estão em área remota e possuem aeroporto, centro médico e bases de apoio logístico, todos colocados à venda.
São, ao todo, sete campos – Araracanga, Arara Azul, Carapanaúba, Cupiúba, Leste do Urucu, Rio Urucu e Sudoeste Urucu –, que produzem 16,525 mil barris/dia de óleo e condensado e 14,281 milhões de m³/dia de gás natural.
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As instalações de processamento incluem uma unidade de GLP, que produz 1,137 milhão de toneladas.
Os campos começaram a produzir nos anos de 1980.
A produção de gás natural é interligada à Manaus pelo gasoduto Urucu-Coari-Manaus. Atende à usinas termoelétricas, que no passado foram responsáveis por todo o abastecimento de energia do estado, antes da conexão de Manaus ao SIN.
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