RIO – O CEO da Transportadora Associada de Gás S.A. (TAG), Gustavo Labanca, disse que o plano contido no decreto do gás é a principal iniciativa para contra o bypass – conexão direta entre a fonte do suprimento e o consumidor, sem passar pela infraestrutura de transporte e distribuição tradicional.
“Eu acho que precisa ter uma norma clara colocando que as fontes de suprimento precisam estar conectadas no transporte, porque isso é o que vai gerar segurança no abastecimento. Isso vale não só para o mercado de gás, mas para o de energia elétrica”, defendeu, em entrevista ao estúdio eixos nesta quinta (26/9).
Labanca afirmou que o decreto tem potencial para melhorar o mercado e o planejamento, mas que é preciso aguardar os próximos movimentos. “É muito importante porque ter uma visão de país, uma visão integrada nacional, é tudo que a gente precisa”, pontuou.
Sobre o papel do biometano após a aprovação do Combustível do Futuro, Labanca disse que a TAG atuará como uma agregadora, vinculando os produtores e viabilizando a melhor logística para os hubs de biometano.
Alguns desafios são apontados pelo CEO da companhia para fazer com que o biometano ganhe escala. O primeiro é a característica dos projetos desse biocombustível, geralmente pequenos. O segundo diz respeito à distância das redes de gasoduto, seja de distribuição ou transporte. Por fim, aponta um modelo pulverizado geograficamente.
“A nossa iniciativa é que a gente consiga transportar esse gás através de alguns modais. Pode ser por caminhões, pode ser liquefazendo, e levá-lo para alguns hubs, ao invés de enviar diretamente para o cliente”, explicou.
Segundo Labanca, a medida seria importante para o desenvolvimento do mercado pois tira o produto que está muito localizado e leva para a malha integrada, permitindo a oferta de biometano para todo o Brasil.