Shell registra novos 400 MW solares fotovoltaicos em Minas Gerais

Shell soma agora 40 pedidos de usinas fotovoltaicas no Brasil, que representam 1,8 GW de potência instalada, sendo 1,5 GW de solar em Minas

Shell registra novos 400 MW solares fotovoltaicos em Minas Gerais. Na imagem, usina solar Qabas, da Shell em Omã (Shell/Divulgação)
Usina solar Sohar Solar Qabas, da Shell, em Omã (Shell/Divulgação)

A Shell registrou na Aneel o pedido de outorga de nove novas usinas solares fotovoltaicas no município de Corinto, em Minas Gerais. O novo pedido de outorga prevê a instalação do complexo solar Electra com oito usinas com potência instalada de 48,1 MW e uma, com potência instalada de 24,06 MW

A empresa soma agora 40 pedidos de instalação de usinas solares fotovoltaicas no Brasil, que representam 1,823 GW de potência instalada, sendo 1,5 GW em Minas Gerais e 323,3 MW, no estado da Paraíba.

A Shell vai investir, globalmente, US$ 3 bilhões por ano em projetos de energias renováveis a partir deste ano.

Os objetivos globais da Shell em seu plano de transição energética, com metas intermediárias a partir de 2030, vão se manifestar considerando diferenças regionais, o que pode prolongar investimentos para reposição de reservas de petróleo e gás natural na estratégia da operação brasileira.

A companhia pretende zerar sua emissões líquidas até 2050 e recentemente atualizou as metas que deverão ser alcançadas em curto e médio prazos. O objetivo é reduzir a intensidade de carbono nos produtos relacionados a energia e comercializados pela companhia em até 8% em 2023, em 20% até 2030, 45% em 2035 e, enfim, 100% até 2050. 

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Veja a aposta da Shell em energia fotovoltaica no Brasil

  • Registrou no começo de abril a outorga das usinas fotovoltaicas  –Aquarii I, II e III — no município de Brasilândia de Minas, em Minas Gerais. Cada projeto terá 50 MW de capacidade instalada e somam 150 MW solares.
  • Ainda em abril registrou dez novos projeto de geração de energia solar fotovoltaica: as usinas Barnard Solar serão instaladas no município de Várzea da Palma, também em Minas Gerais.
  • Em setembro registrou o pedido de 11 novos projetos na cidade de Arinos, também em Minas Gerais. O novo pedido de outorga prevê a instalação do complexo solar Draco, com um total de 11 usinas, sendo 10 usinas com potência instalada de 48,7 MW e uma, com potência instalada de 24 MW
  • Registrado em novembro pedido de instalação do complexo solar Canis, na Paraíba, com seis usinas com potência instalada de 48,1 MW e uma, com potência instalada de 34,7 MW
  • Registrou  em abril de 2021 pedido de outorga de nove novas usinas solares fotovoltaicas no município de Corinto, em Minas Gerais. São  oito usinas com potência instalada de 48,1 MW e uma, com potência instalada de 24,06 MW

Os investimentos fazem parte da estratégia global da Shell de zerar suas emissões de carbono até 2050, apostando fortemente em energias renováveis. No Brasil, a empresa também está olhando o incipiente mercado de eólicas offshore.

O presidente da Shell Brasil, André Araújo, tem defendido  também que a criação de um mecanismo de créditos de carbono pode ser uma solução para o país começar a trabalhar as metas de Acordo de Paris movimentando a economia.

Recentemente, o CEO da Shell, Ben van Beurden, afirmou que a sociedade precisa de um sistema de energia com emissões líquidas zero para que sejam cumpridas as metas do Acordo de Paris. Defendeu que as empresas precisam mudar por conta da demanda da sociedade.

“Nesse contexto, uma empresa como a Shell tem uma escolha. Pode optar por produzir petróleo e gás com as menores emissões possíveis. Ou pode dizer: Se a sociedade deseja obter emissões líquidas zero e realmente queremos ser uma parte integrante dessa sociedade, então precisamos chegar a zero líquidas também”, afirmou.

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