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- Apenas 8% dos projetos de hidrogênio de baixo carbono são de majors
- Lula diz que quer visitar a Guiana em 2024
- Braskem é multada e governador de Alagoas pede atuação da AGU
- PL do lítio verde deve ser votado nesta semana pela Câmara
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As majors de óleo e gás têm apenas 8% dos projetos anunciados de produção de hidrogênio de baixo carbono em todo o mundo, mostra levantamento da Wood Mackenzie. A consultoria mapeou empreendimentos com capacidade de 102,6 milhões de toneladas por ano (Mtpa).
- “Essas empresas estão focadas em tornar operacionais projetos de pequena escala antes de 2030 para pavimentar o caminho para a escala industrial na próxima década”, afirma a Wood Mackenzie.
- A expectativa da consultoria é que a situação mude rapidamente, com a consolidação do mercado, que hoje tem 750 empresas participantes, e o anúncio de grande projetos pelas petroleiras.
Equinor, bp e Shell lideram as iniciativas de produção de hidrogênio de baixo carbono.
- As petroleiras têm se concentrado no hidrogênio azul, produzido com gás natural associado à captura e armazenamento de carbono (CCS).
- As principais vantagens do hidrogênio azul em relação ao verde para as petroleiras são o custo competitivo e a capacidade de fornecer hidrogênio de baixo carbono em larga escala, avalia Bridget van Dorsten, analista sênior de pesquisa na Wood Mackenzie.
- As majors têm 23% dos projetos de hidrogênio azul, mas controlam apenas 5% dos empreendimentos de hidrogênio verde anunciados. A maioria são de petroleiras europeias, que já têm portfólios de geração renovável, eólica e solar.
- “A questão é se o foco no hidrogênio azul pode resultar em oportunidades perdidas, uma vez que o hidrogênio verde atinja um ponto de inflexão de investimento. Afinal, espera-se que o hidrogênio verde represente 70% do fornecimento global de hidrogênio de baixo carbono até 2050″, diz van Dorsten.
Kerry critica Chevron. O enviado presidencial especial dos EUA para o Clima, John Kerry, criticou a Chevron por não aderir às metas de zerar as emissões de metano até 2030 e de carbono até 2050, como outras 50 petroleiras fizeram durante a COP28. A ExxonMobil também não aderiu, mas está adotando outras medidas na mesma direção, segundo ele.
- A Chevron se defendeu afirmando que já tinha estabelecido metas de redução de emissões e que “nenhuma empresa, país ou indústria pode abordar completamente as mudanças climáticas sozinhos”.
Regulação do metano. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o governo federal pretende regular as emissões de metano no setor de óleo e gás nos próximos anos. Ele não falou sobre a criação de metas domésticas.
- As diretrizes serão propostas ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) até 2024, e caberá à ANP concluir a regulamentação até o final de 2025.
- A Petrobras assinou a Carta para a descarbonização do óleo e gás” (OGDC, na sigla em inglês), em que se compromete a “praticamente zerar” as emissões de metano até 2030.
Emissões em alta. As emissões globais de carbono provenientes de combustíveis fósseis vão alcançar níveis recordes em 2023, segundo pesquisa do Global Carbon Project divulgada na COP28.
- O relatório Orçamento Global de Carbono estima que as emissões de dióxido de carbono (CO2) alcançarão 36,8 bilhões de toneladas em 2023, um aumento de 1,1% em relação a 2022.
Petróleo em baixa. Os preços do petróleo caíram para uma mínima de quase cinco meses, nesta terça-feira (5/12), devido a um dólar mais forte, preocupações com a demanda e pouco efeito dos cortes acertados na Opep+.
- Os futuros do Brent caíram 1,1%, a US$ 77,20 por barril, enquanto o WTI recuou 1%, a US$ 72,32 por barril. Foi o fechamento mais baixo desde 6 de julho.
CONTEÚDO PATROCINADO
O futuro da Energia Vem de Vibra
A epbr, em parceria com a Vibra, realiza na quinta-feira (7/12), a partir das 9h, o webinar “O futuro da Energia Vem de Vibra”, onde vamos discutir a transição energética no transporte e na indústria, com as novas demandas da sociedade e os investimentos para descarbonização dos combustíveis fósseis, os biocombustíveis, SAF e eletrificação de frotas.
Vamos ainda abordar a gestão de energia e compensação de carbono, pois a migração para a economia de baixas emissões passa também pelo empoderamento do consumidor, com a ampla abertura do mercado livre, eficiência energética, geração distribuída e autoprodução de energia
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Lula na Guiana. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (5/12) que deseja visitar no próximo ano a Guiana para a reunião da Comunidade do Caribe (Caricom). Ele não relacionou a visita à disputa territorial com a Venezuela pela região de Essequibo.
- “O ano que vem eu tenho duas viagens que eu quero fazer: uma é para uma reunião da União Africana, dos 54 países da África que vai ser em Addis Ababa na Etiópia; e a outra é na Guiana, uma reunião dos países do Caricom (Comunidade do Caribe). Essas eu quero participar porque são coisas que tenho interesse de falar para eles sobre democracia, sobre o sistema ONU, sobre financiamento”, disse Lula.
Braskem multada. A petroquímica recebeu duas multas, no valor de R$ 72 milhões do governo de Alagoas pelo risco de colapso e desabamento da mina 18, no bairro do Mutange, em Maceió. A empresa já recebeu 20 autuações por causa da mina.
- Uma multa foi por degradação ambiental e a outra por omissão de informações. A companhia negou ter omitido informações.
O governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), solicitou ao governo federal a atuação da Advocacia Geral da União (AGU) no acordo entre a Braskem e a prefeitura de Maceió, que ele chamou de “ilegal”.
- O acordo prevê o pagamento de R$ 1,7 bilhão pela Braskem, que fica isenta de qualquer outro desembolso por danos relacionados à extração de sal-gema em Maceió.
PL do lítio verde. O Projeto de Lei de certificação voluntária do lítio verde (PL 2809/2023), da deputada Adriana Ventura (Novo/SP), deve ser votado nesta semana pela Câmara dos Deputados.
- A proposta tem o objetivo de valorizar o potencial brasileiro na produção de lítio com menor intensidade de carbono. Atualmente, a Sigma Lithium é a única companhia no Brasil e que cumpre os critérios estabelecidos pelo projeto.
Hidrogênio a biomassa. Uma nova versão dos requisitos para o hidrogênio verde (H2V) da Organização do Hidrogênio Verde (GHO, na sigla em inglês) – iniciativa privada que busca harmonizar globalmente critérios para o energético – incluiu a biomassa como fonte de eletricidade renovável apta para produção de H2V.
Etanol de milho. A Coamo Agroindustrial, maior cooperativa agrícola do Brasil, deve decidir no próximo dia 13 a instalação da primeira usina de etanol exclusivamente de milho do Paraná, com capacidade de produzir 258 milhões de litros de etanol por ano.
Mais fertilizantes. O mercado brasileiro de fertilizantes deve crescer 7,3%, para cerca de 44 milhões de toneladas em 2023, ante 41 milhões em 2022, disse o presidente da Yara Brasil, Marcelo Altieri.
- O executivo afirmou que a empresa está apoiando os esforços do governo para incentivar a produção de fertilizantes e pediu um gás mais competitivo.
- Na segunda-feira, Geraldo Alckmin defendeu a desoneração do gás para fertilizantes.
Agenda da Aneel. A Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou as prioridades de sua agenda regulatória para 2024/2025, incluindo temas que vão de regulamentação de novas tecnologias de geração a reforços das redes de distribuição e transmissão para eventos climáticos extremos.
- Entre os 30 pontos, estão: regulamentações para as eólicas offshore e sistemas de armazenamento de energia, acesso à rede de transmissão pelos geradores renováveis do mercado livre, entre outros.
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