Combustíveis e Bioenergia

Bolsonaro promete projeto para reduzir preços dos combustíveis

Disse que vai apresentar proposta no Congresso, no início do próximo mês. Em entrevista, citou o assunto, mas não deu detalhes

Bolsonaro promete projeto para reduzir preços dos combustíveis

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou na noite dessa quarta (19/1) que vai apresentar no Congresso, no início do próximo mês, proposta para reduzir os preços dos combustíveis. Em entrevista ao programa Pingo nos Is, da Jovem Pan, Bolsonaro falou em dois momentos sobre o assunto, mas não deu detalhes, informa a Reuters.

— “Outra medida, não quero anunciar agora aqui, porque ainda não está concluída, como o Congresso não está funcionando, não quero apresentar, é o que tem a ver com combustível no Brasil”, reforçou.

— O anúncio recebeu críticas da oposição, que acusou a fala de eleitoreira. O senador Jean Paul Prates (PT/RN) disse no Twitter que se Bolsonaro “estivesse realmente preocupado com a vida do cidadão teria feito algo muito antes. O viés eleitoreiro, agora, fica evidente”.

— Bolsonaro acusa o ICMS cobrado pelos estados de ser o grande “vilão” da escalada dos preços da gasolina e do óleo diesel. Em fevereiro de 2021, o governo federal enviou ao Congresso um projeto de lei complementar propondo a unificação do valor cobrado pelos estados. A proposta não foi adiante, recebendo críticas da própria base de apoio a Bolsonaro.

— Após intensas negociações, a Câmara dos Deputados aprovou, em outubro, um projeto que cobra o ICMS a partir de um valor fixo por quantidade vendida, a chamada alíquota ad rem. O projeto foi para o Senado, onde empacou.

— Os governadores sempre defenderam uma reforma tributária mais ampla, e não apenas com o foco no ICMS dos combustíveis. Mas, para tentar amenizar o peso desse tributo, propuseram o congelamento do imposto por 90 dias, prazo que termina em 31 de janeiro.

— Com o primeiro reajuste dos preços da gasolina e do óleo diesel promovido pela Petrobras em 2022, o Comitê Nacional dos Secretários Estaduais de Fazenda (Comsefaz) decidiu não renovar o congelamento, mantendo o prazo final. Mas o fim do congelamento não é unanimidade entre governadores, e há chefes estaduais que defendem a extensão do prazo.

— Segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, há uma tendência de liberação para que cada estado adote a medida que achar adequada. O placar parcial é de 13 governadores a favor do fim do congelamento e 13 dispostos a estendê-lo.

— No Twitter, os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e de Santa Catarina, Carlos Moisés (sem partido), anunciaram que pretendem manter o ICMS congelado.

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Lula diz que irá rever privatização da Eletrobras e desinvestimentos da Petrobras O ex-presidente Lula garantiu que as privatizações de empresas públicas, como a Eletrobras, e os desinvestimentos da Petrobras podem ser revistos com a participação da sociedade, caso ele seja eleito para a Presidência da República em 2022.

— “É importante que as pessoas sérias, ao tentarem comprar empresas públicas brasileiras privatizadas, levem em conta que a gente vai mudar de governo e que a gente vai rediscutir isso”, disse em entrevista transmitida nessa quarta (19/1).

— Lula afirmou que o processo de repensar as privatizações e a entrada da iniciativa privada em empresas públicas passará por um debate com a sociedade. “Não é só ouvir um lado, é ouvir o Brasil. Isso eu vou fazer para Eletrobras, Petrobras, Banco do Brasil”, citou.

— Para ele, a Petrobras não pode ser tratada “como uma empresa de petróleo”, e sim uma indutora do desenvolvimento econômico. “Nós vamos desmistificar de que tudo que é estado não presta e tudo na iniciativa privada é bom. Não é que o estado pode tudo, mas ele pode ser o indutor”, explicou o pré-candidato.

Ágio em Sépia e Atapu deve resultar em mais US$ 7 bi para a União até 2031 O resultado da Segunda Rodada de Licitações dos Volumes Excedentes da Cessão Onerosa, em dezembro, quando Sépia e Atapu foram arrematados com ágio de 149,20% e 437,86%, respectivamente, nos percentuais de excedente em óleo, deve resultar em um acréscimo de quase US$ 7 bilhões para os cofres públicos com a comercialização da parcela de petróleo da União nesses campos até 2031. A projeção faz parte da revisão divulgada pela Pré-Sal Petróleo (PPSA) nessa quarta (19/1), de seu estudo “Estimativas de Resultados nos Contratos de Partilha de Produção”.

— Com Sépia e Atapu, a projeção da parcela total de petróleo a ser destinada para a União nos próximos dez anos subiu de 1,53 bilhão de barris para 1,62 bilhão de barris nos contratos de partilha de produção. Com o acréscimo, a estimativa de arrecadação com a comercialização deste óleo passou de US$ 115,8 bilhões para US$ 122,7 bilhões até 2031.

— O estudo projeta que em dez anos deverão ser produzidos 8,2 bilhões de barris de petróleo em regime de partilha de produção (17 contratos vigentes e Sépia e Atapu, cujos contratos ainda serão assinados).

Investimento recorde em manutenção de refinarias A Petrobras bateu recorde de investimentos em paradas preventivas de manutenção no seu parque de refino em 2021, com gastos de R$ 2,3 bilhões. É um aumento de mais de 50% em relação a 2020 e mais de 20% em comparação ao recorde anterior, atingido em 2019, informou a companhia.

— Mesmo com diversas paradas programadas de manutenção, a Petrobras alcançou a média de 83% de fator de utilização total (FUT) de suas refinarias em 2021, o maior índice dos últimos cinco anos, o que mostra os ganhos de eficiência na gestão das unidades.

— Para 2022, a Petrobras prevê investir R$ 2,5 bilhões nas paradas de manutenção de suas refinarias. Estadão

Os preços do petróleo fecharam em alta nessa quarta (19/1), depois que um incêndio em um oleoduto do Iraque para a Turquia interrompeu brevemente os fluxos, aumentando as preocupações sobre uma perspectiva de oferta de curto prazo já apertada, após o grupo Houthi do Iêmen atacar os Emirados Árabes Unidos, terceiro maior produtor da Opep.

— O Brent fechou em alta de 0,93 dólar, ou 1,1%, para 88,44 dólares o barril. A marca de referência global tocou 89,13 dólares, a máxima desde 13 de outubro de 2014. Já o WTI avançou 1,53 dólar, para 86,96 dólares o barril, máxima desde 9 de outubro de 2014. Reuters

Distribuidoras rebatem associações e defendem leis do gás nos estados Distribuidoras estaduais de gás rebateram a nota divulgada por dez associações de produtores e consumidores de gás natural criticando as legislações e projetos de lei estaduais. As concessionárias afirmam que é falsa a informação que os marcos foram elaborados à revelia desses outros elos do mercado, que criticam as leis.

— A presidente da Potigás (RN), Larissa Dantas, cita o workshop Regulação dos Serviços de Gás Natural, promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte e pela própria distribuidora, em março de 2021. O estado ainda não promulgou sua lei.

— “Em Pernambuco foram debatidas, sim. O projeto teve o apoio inclusive da federação das indústrias e da casa da indústria. Aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa. Se algumas associações não acompanharam, é outra questão”, rebateu o presidente da Copergás, André Campos.

— “O objetivo da lei estadual do gás está totalmente alinhado com o recente investimento atraído pelo estado do Ceará, da Térmica Porto do Pecém, no valor de R$ 4,2 bilhões”, disse o presidente da Cegás, Hugo Figueiredo, em nota, após a sanção da lei.

TAG compra gás da Galp para pressurização A transportadora TAG fechou acordo com a Galp para a compra de gás natural (gás linepack) para pressurizar o sistema de gasodutos da empresa. A Galp vai entregar 13 milhões de m³ por cerca de US$18/MMbtu. A transação total está avaliada em R$ 48,8 milhões (US$ 8,9 milhões), e o gás deve ser entregue até o final deste mês, informa a Argus Media. Antes, o gás linepack era fornecido pela Petrobras.

— A Argus apontou que o negócio aumentará a tarifa de transporte da TAG. O preço é mais alto do que os consumidores de gás esperavam, disse Adrianno Lorenzon, diretor de gás natural da Abrace. “Esse valor está bem acima do que está sendo negociado nos novos contratos no mercado brasileiro de gás, principalmente os de fornecedores alternativos, onde vemos valores abaixo de US$ 10/MMbtu”, disse Lorenzon.

— Em resposta, a TAG informou ao mercado que o processo “foi conduzido de forma transparente e isonômica, conforme regras e supervisão da ANP” e que “os preços e condições apresentados pela Galp, vencedora do processo foram os mais vantajosos entre as propostas”

— A transportadora também negou que haverá aumento de tarifa. “É importante ressaltar que o gás de empacotamento, sendo anteriormente de propriedade da Petrobras, não fazia parte da tarifa de transporte, tendo seu respectivo custo de utilização embutido nas negociações dos contratos de venda de molécula com seus clientes. Na prática, a aquisição do gás de empacotamento pelo transportador, além de necessária para atendimento às condições do novo mercado, confere mais transparência aos agentes. Trata-se, portanto, de uma revelação dos custos da cadeia e não de um custo adicional para o mercado.”

Enauta amplia até 2025 contrato do FPSO de Atlanta, que entra em lockdown A Enauta anunciou nessa quarta (19/1) que fechou com a Petrojarl I e a Altera a extensão do contrato de afretamento e operação e manutenção, respectivamente, do FPSO Petrojarl I, responsável pelo Sistema de Produção Antecipada do campo de Atlanta, em águas profundas da Bacia de Santos.

— A ampliação do contrato demandará US$ 30 milhões para a adequação da plataforma, que ficará no sistema de produção até maio de 2025, dois anos além da previsão inicial de término, que era maio de 2023.

– A Enauta informou nesta quinta (20/1) que um surto de Covid-19 no FPSO Petrojarl-I levou a um lockdown na unidade e à troca da tripulação. “A empresa está cumprindo todos os protocolos e tomando todas as providências para preservar a saúde e a segurança das pessoas e prevê a retomada da produção na próxima semana”, informou, em nota.

— Na Bacia de Campos, o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) informou que, nessa quarta (19/1), dois trabalhadores contaminados pela Covid-19 embarcaram em um voo com destino à plataforma de perfuração SS 83, “colocando em risco a vida dos demais empregados e gerando transtornos no aeroporto de Farol, em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense”.

— No último fim de semana, dois trabalhadores da P-51 também embarcaram contaminados pelo vírus. O resultado da testagem só chegou quando os mesmos já estavam na plataforma e inclusive, já tinham ido para a área de trabalho, disse o Sindipetro-NF.

— Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a Petrobras vive uma explosão de casos de Covid-19 entre seus funcionários. Foram confirmados 725 casos e 1.041 suspeitos.

Consumo de energia elétrica cresce 4,1% em 2021, aponta CCEE A média do consumo de eletricidade no Brasil foi de 64.736 MW no ano passado, volume 4,1% superior a 2020, aponta a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O aumento, segundo a entidade, reflete a recuperação econômica, após a crise – política, econômica e sanitária – de 2020 que acompanhou a pandemia de covid-19, sobretudo no primeiro semestre.

— As hidrelétricas entregaram 42.462 MW médios para o Sistema Interligado Nacional (SIN), retração de 8,8% na comparação anual. Já as termelétricas – com geração mais cara e poluente – renderam 16.245 MW médios, alta de 43,5%.

— Eólica e solar também tiveram altas. Os parques eólicos produziram 8.242 MW médios, volume 27,1% maior do que no ano anterior. Já as usinas solares fotovoltaicas geraram 878 MW médios, montante 29,3% superior.

Demanda elétrica sobe e eleva emissões A procura global por eletricidade cresceu 6% em 2021, no maior aumento anual histórico em termos absolutos (mais de 1.500 TWh) e o maior aumento percentual desde 2010, aponta a Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês). Quase metade dessa expansão ocorreu na China, onde a demanda aumentou cerca de 10%.

— Já as emissões de CO2 da geração de energia aumentaram 7%, atingindo também um recorde, depois de terem caído nos dois anos anteriores.

— Os dados são da edição de janeiro de 2022 do relatório semestral do mercado de eletricidade da IEA.

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